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essas crianças poderiam receber cuidados redobrados e com
possibilidade de se tornarem mais cedo sacerdotes entre eles.
Depois de muitas argumentações, análises e pareceres, a proposta de
Débora foi aceita. Sua família foi chamada perante eles e só depois
disso ficou definido um novo rumo para a vida de Débora.
As conversas entre Nathanael, Nathan e Cornélia foram adiadas,
porque Nathan se tornou responsável pela orientação e organização
da vida de Débora entre eles.
Mas Débora e Cornélia ficaram espantadas com a coincidência de
um fato: a caverna onde Débora faria suas meditações e seus
estudos era exatamente a que Cornélia tinha tido, um dia, em suas
visões. Tudo parecia ligar-se como se um extenso e fantástico
bordado estivesse sendo composto pelas mãos do Criador. Também
algumas tendas seriam erguidas ali nas proximidades. Seriam
reservadas para oficinas das crianças e até os alimentos iriam ser
nelas preparados por Débora. Bancadas seriam montadas para ela
também, para que fizesse anotações para Nathan. Ele havia proposto
utilizar Débora como sua auxiliar mais próxima, nas anotações dos
recados que costumava passar na comunidade. Débora, portanto,
seria uma assistente-auxiliar de Nathan.
E Cornélia?
Na manhã em que saíram os últimos visitantes dos festejos, foi
procurada por Nathanael.
- Nathan lhe pede que aguarde uns dias mais pelos encontros
prometidos. Ocupou-se de Débora, antes de poder atendê-la,
Cornélia. Além disso, precisou interferir com uma certa força junto
a alguns familiares de Débora, especialmente a avó, que jamais
apresentou tolerância para os que não seguem os rumos do que ela
pensa.
- O que houve com ela?
- Apressou-se a brigar com o pai de Débora, por ter ele permitido
que ela se tornasse uma servidora dos filhos dos essênios. Pensa que
Débora é apenas uma criança e, como tal, só deveria estar no
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