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E, de fato, eram muitos os dons de Boanerges. Sua percepção maior<br />

– ela acreditava – era conhecer, mais facilmente que outras pessoas,<br />

o caos que acompanha as criaturas que precisam se equilibrar. E ele<br />

sempre se mostrara como criatura instruída na alma, não pelos<br />

<strong>livro</strong>s.<br />

O que acontecia em relação a ele é que, embora a memória do<br />

espírito houvesse sofrido o aprisionamento do corpo, <strong>no</strong> momento<br />

do nascimento (como acontece a todo mundo), Boanerges havia<br />

conseguido, em poucos a<strong>no</strong>s de vivência, libertar-se de suas peias.<br />

Mas como?<br />

Ele se havia libertado de suas peias e mazelas com a presença de<br />

Joshua. Joshua levara consigo, com toda a Luz que o circundava, a<br />

libertação de muitas almas que se encontravam vivendo por ali – e<br />

não por acaso...<br />

As tarefas de Joshua, as mais aparentes, não tinham sido entendidas<br />

por todos, muito me<strong>no</strong>s aquelas que diziam respeito à “libertação de<br />

criaturas <strong>para</strong> a Luz”.<br />

Sim, Boanerges havia sido orvalhado pela luz divina, com o apoio<br />

daquele Messias, de modo que renasceu nele um dom que o levaria,<br />

futuramente, a auxiliar pessoas que desejavam conduzir-se pelos<br />

caminhos do “sobrenatural”. Não que o rapaz deixasse de entender<br />

que o sobrenatural inexiste, mas ele sabia que muita gente iria<br />

buscar a Luz atraída pelo sobrenatural. E essa era uma tarefa que lhe<br />

agradava abraçar. Mas ele não era dotado apenas deste dom. Era<br />

uma criatura cordial, amiga, companheira, protetora dos justos e<br />

alertadora dos injustos.<br />

Os pensamentos firmes de Cornélia sobre o amigo o atraíram <strong>para</strong><br />

perto dela, como um ímã. Ele deixou de lado o alaúde, pegou o<br />

filhinho <strong>no</strong> colo e encaminhou-se exatamente <strong>para</strong> onde Cornélia se<br />

havia dirigido. Parou bem diante dela.<br />

Ao vê-lo, ela espantou-se e sentiu uma vontade e<strong>no</strong>rme de estreitálo<br />

num forte abraço. Mas quem a enxergou foi o menininho, que<br />

estendeu a mão e colocou-a em seu rosto, sorrindo. Assim,<br />

Boanerges entendeu que ela estava ali.<br />

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