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Mas eu já vivi <strong>aqui</strong>, sim, quando os homens ainda cultivavam a<br />
beleza de uma família bem constituída. Eu era uma menina tão alta,<br />
que meus pais me <strong>no</strong>meavam em razão de minha altura.<br />
A minha tez era morena e o meu povo de origem eram os assírios.<br />
Mas meu pai saiu de sua cidade de nascimento, porque era um<br />
mercador empobrecido. Buscava arriscar-se <strong>para</strong> conseguir fortuna.<br />
Numa grande tempestade (estávamos em uma embarcação) fomos<br />
atirados em terras desconhecidas e os nativos <strong>no</strong>s içaram do mar.<br />
Das mãos deles, fui <strong>para</strong>r nas mãos de mercadores e se<strong>para</strong>da de<br />
meus pais.<br />
Aquela minha sina foi nefasta, porque os mercadores eram homens<br />
violentos. Venderam-me <strong>para</strong> um homem que se dizia hebreu. Esta<br />
foi a minha sorte. Esse grupo de hebreus se dirigiu <strong>para</strong> cá.<br />
Desejavam fundar por <strong>aqui</strong> uma comunidade sonhada por eles fazia<br />
muito tempo.<br />
Eu vi inúmeras cavernas serem perfuradas e eu mesma ajudei uma<br />
mulher que cuidava de mim a carregar pedras de um lado <strong>para</strong> o<br />
outro, até que <strong>no</strong>ssa "casa" ficou apropriada <strong>para</strong> <strong>no</strong>s receber. Antes<br />
disso, dormíamos ao relento.<br />
Eu não tinha medo de nada, era forte e muito curiosa.<br />
Minha curiosidade levou-me a me afastar desse casal adorável que<br />
cuidava de mim, porque eu não queria passar a minha vida naquela<br />
caverna. Eu desejava conhecer o mundo que existia a meu redor.<br />
Quando me tornei mocinha, peguei as poucas coisas que possuía e<br />
parti, não sem antes me despedir de um ancião ao qual me afeiçoara<br />
muito - o senhor.<br />
O senhor era um velho muito ranzinza, mas de coração generoso e<br />
justo. Não pude deixar de lhe contar que tinha uma necessidade<br />
e<strong>no</strong>rme de conhecer o mundo. E o senhor não me disse <strong>para</strong> não<br />
partir. Apenas me advertiu sobre as perigosas estradas e lembrou-me<br />
que, se ali permanecesse, poderia conhecer o que era paz e<br />
tranqüilidade; que ali mesmo eu poderia crescer em valor.<br />
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