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mensagem de uma amiga, dizendo-me que um Nathanael me
procurava.
- Sim, eu queria vê-la, porque tinha comigo algo que me
incumbiram de lhe entregar. Pensei que você tinha partido de sua
casa diretamente para Roma, logo após a morte de Joshua.
- Não. Sou realmente culpada de não ter informado o meu paradeiro
para ninguém. Queria estar só.
- Compreendo - ele respondeu, olhando-a calorosamente. - Espero
que o conteúdo deste volume não a alcance em ocasião inútil - e ele
o estendeu para ela. Mas penso que não. Sei que as mensagens de
amigos nossos sempre são relevantes, não é mesmo?
- Mensagens? - Cornélia perguntou, mas os olhos entristeceram
- É só o que posso adiantar. Tudo dependerá do que seu coração
pede agora, Cornélia. A nossa vida continuou meio... desconjuntada,
não pensa assim? Pelo menos para mim é como se tivesse passado
dentro de um temporal e um nevoeiro. Só agora o nevoeiro começa
a se dissipar.
Cornélia tocou na mão do homem que se sentava a seu lado e
comentou:
- Também atravessei esse nevoeiro, Nathanael. Você como homem
deve tê-lo sentido de forma diferente. Nós, as mulheres, nem sempre
somos muito razoáveis e equilibradas nas nossas grandes afeições.
Ele acenou a cabeça e depois acrescentou:
- Boanerges sentiu-se profundamente comovido pela vida que levou
com você. Foi curta - ele me disse -, mas valeu por muitas
caminhadas.
- Ah, Boanerges! - os olhos dela marejaram. Meu coração sempre
pulsará por ele com grande ternura. Mas como sei que os grandes
amores e afetos não morrem, ele estará sempre comigo, apesar da
separação.
- Talvez ele se demore em Antióquia, Cornélia. Os pais de Rute
estão muito doentes.
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