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mundo dos nobres, filhos privilegiados pela fortuna do nascimento -
como era o caso do próprio comandante daqueles homens: Licínio.
Entre esses últimos também se podia apontar divisões: os que se
julgavam atingindo o palco dos deuses e aqueles que nunca
vacilariam em disputar com os companheiros a própria glória.
Na aparência, um grupo harmonioso, em busca de campo de atuação
diferente. Na essência ... ninguém os conhecia, embora se possa crer
que dotados dos valores oferecidos pelo Criador.
Licínio não desconhecia que sua tarefa diante deles devia ser o
exemplo, por isso seguia preocupado. A tática que vinha aplicando
era amenizar a vida dos seguidores de Joshua, impedindo que seus
comandados os atirassem em lugares sombrios. Até então não havia
sofrido reveses, por ser muito estimado por eles. Mas desta vez um
oficial novo havia sido inserido em seu grupo, um rapaz brilhante
em dizeres e réplicas, cheio de maneirismos e brincadeiras
divertidas, mas de olhar desconfiado para esse comandante a quem
não desejava se subordinar.
Esse nobre, Flavius, via no exército a sua forma de ir adquirindo
mais pulso, a fim de galgar aquelas altas posições que Aurélia
pretendia para seus filhos. Portanto, cheio das vaidades que Licínio
já havia retirado de seu traje interior.
Os olhos de Flavius acompanhavam os mínimos detalhes de seu
superior. Não lhe foi difícil verificar que nas regiões fronteiriças,
onde surgia o maior número de escaramuças entre os judeus
ortodoxos e os seguidores do crucificado, Licínio se dispunha
sempre a apaziguar, numa atitude bem rara entre os comandantes de
outros batalhões.
Num povoado pequenino, detiveram-se. Ali seriam armadas suas
tendas, para que Licínio organizasse grupos que seguiriam direções
diferentes, agora em funções específicas.
A ordem dos superiores de Licínio era que levasse até eles
informações sobre correligionários de Joshua, principalmente sobre
os que se apresentassem como os mais firmes na manutenção da
seita. Não se interessavam ainda pelas criaturas que os procuravam.
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