UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
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prática avaliativa seja autônoma e não apenas uma atribuição de notas e conceitos, sem a<br />
possibilidade de crescimento. Portanto,<br />
[...] usar debates, trabalhos em equipe, diálogos, são recursos disponíveis<br />
para o conhecimento da prática pedagógica vigente, na intenção de assumir a<br />
avaliação como instrumento para acompanhamento da aprendizagem dos<br />
alunos e para a reorientação do planejamento escolar e de ensino<br />
(PORTÁSIO & GO<strong>DO</strong>Y, 2007, p. 36).<br />
Sobre as avaliações bimestrais, as turmas da EJA fariam provas diferentes, pois, segundo o<br />
professor, as demandas de alunos da EJA e do ensino regular são distintas. Observei que as<br />
provas exigiam que os alunos tivessem boa dissertação e capacidade de raciocínio na<br />
estruturação das respostas. No entanto, embora o professor expusesse muito bem os conteúdos<br />
sociológicos em sala de aula, ele não trabalhou com seus alunos alguns temas que foram<br />
aprofundados na avaliação bimestral.<br />
Um exemplo foi a prova bimestral do 1º ano do Ensino Médio, que era similar à prova da<br />
turma de EJA. Nela, foi “cobrada”, em consonância com os PCN, a interpretação de uma<br />
charge a partir das teorias de Émile Durkheim e Augusto Comte.<br />
No entanto, durante o bimestre, o professor não recorreu a nenhuma atividade similar em suas<br />
aulas, de maneira que não poderia “cobrar” tal atividade dos discentes numa prova, abarcando<br />
conteúdos tão importantes para a Sociologia. A intenção de desenvolver a compreensão crítica<br />
dos alunos acerca da vida social ficou muito clara nas provas bimestrais, no entanto,<br />
[...] é preciso que os professores criem e elaborem as condições que<br />
propiciem um contato com diversos tipos de fontes (documentos, filmes,<br />
músicas, charges, depoimentos, fotos, etc.), e dos vários enfoques da<br />
problemática (social, econômica, política, cultural, moral, etc.). É evidente a<br />
necessidade de lançar mão das mais diversas alternativas de trabalho (jogos,<br />
exercícios, esquetes, simulações teatrais, dança, música,...), pois é desta<br />
forma que além de potencializarmos um ensino e uma aprendizagem mais<br />
críticos, com certeza, estaremos descobrindo novas facetas de interpretação e<br />
sentido para o que representa a presença da disciplina de Ciências Sociais na<br />
sala de aula do Ensino Médio (SILVA, 2006, p. 6-7).<br />
Já as provas bimestrais do 2º ano e de outra turma da EJA também exigiram reflexão e boa<br />
capacidade de argumentação por parte dos alunos. Era solicitado que eles interpretassem um<br />
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