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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg

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76), sinaliza que “o passado não determina mecanicamente a visão do futuro; a um tipo de<br />

trajetória anterior “objetivamente” determinada não corresponde necessariamente um tipo de<br />

estratégia de futuro”. Por isso, é importante fazer uma leitura dos limites da prática de cada<br />

docente pesquisado, visando contribuir não somente para seu percurso profissional, mas para<br />

a educação, especialmente o ensino de Sociologia.<br />

4.3.5.2 Continuidades e descontinuidades: o que mudar e o que permanecer na prática<br />

Como esta investigação centra seu foco nas práticas docentes no âmbito das aulas de<br />

Sociologia, vimos a necessidade dos professores fazerem um diagnóstico de suas práticas, a<br />

partir de um diálogo da pesquisadora e os mesmos. Visando não somente avaliar como tem<br />

sido seu ofício, mas também para a melhoria do ensino da disciplina que leciona. Entretanto,<br />

Gandin (2009) alerta:<br />

[...] a elaboração do diagnóstico talvez seja a maior dificuldade que os<br />

professores vão encontrar em termos de planejamento de sala de aula.<br />

Estamos todos acostumados apenas a apontar problemas e não temos a<br />

cultura de reflexão mais profunda e de discussão das relações de causalidade<br />

para chegar a descobrir as necessidades (p. 55).<br />

Toda inovação pedagógica mexe com os saberes imbricados nas práticas docentes. Dessa<br />

forma, as propostas político-pedagógicas que tentam intervir na escola, seja na organização<br />

dos tempos e dos espaços, seja nos currículos, afetam o trabalho docente. Assim,<br />

[...] as maiores resistências não são provocadas pelas concepções<br />

pedagógicas que essas propostas trazem, mas pela renúncia aos saberes<br />

docentes aprendidos em situações concretas de trabalho. Isso [...] leva à<br />

conclusão de que há saberes docentes muito internalizados, defendidos a<br />

todo custo mesmo diante de uma proposta político-pedagógica que se tenta<br />

construir a partir da escola, a partir dos docentes (ARROYO, 2003, p. 55).<br />

Corroborando com o pensamento de Arroyo (2003), Diniz & Santos (2003, p. 148), nos<br />

lembram que os “professores resistem, por exemplo, às novas propostas de organização do<br />

trabalho escolar, temendo a perda do controle que as novidades introduzem na sua atividade<br />

convencional”.<br />

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