UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
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secundário. Porém, devido à sua morte na época da implantação dos currículos, a<br />
obrigatoriedade foi deixada de lado. Portanto, a Reforma Benjamim Constant foi posta em<br />
prática apenas parcialmente, pois o Decreto nº. 3.890, de 1º de janeiro de 1901 - a<br />
denominada Reforma Epitácio Pessoa - retirou oficialmente a Sociologia do currículo, sem<br />
que ela nunca tivesse sido ofertada.<br />
A primeira escola a introduzir a Sociologia no curso de nível médio, só o fez 34 anos depois<br />
da Reforma Benjamim Constant. Por proposta de Fernando de Azevedo, o tradicional colégio<br />
Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, passou a integrá-la em seu currículo no ano de 1925. Três<br />
anos depois, com a Reforma do Ensino idealizada por Rocha Vaz, a disciplina também<br />
abrange os currículos das Escolas Normais do Distrito Federal (Rio de Janeiro) e da cidade de<br />
Recife (PE). Mas, segundo Santos (2004, p. 171), “os professores dessa disciplina na década<br />
de 30 a tratavam como um conjunto de teorias e não como um conjunto de ferramentas na<br />
busca de alternativas para os problemas sociais brasileiros”.<br />
Em 1931 a Reforma Francisco Campos estendeu o ensino da Sociologia às escolas<br />
secundárias. No entanto, sua institucionalização acadêmica só ocorreu com a criação da<br />
Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, em 1933, e da Seção de Sociologia e<br />
Ciência Política da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, em 1934, com o<br />
objetivo de instruir a elite sob métodos científicos, capacitando-a a compreender o meio<br />
social 11 . Vale lembrar que<br />
Já em 1931, no início da Era Vargas e a partir da Revolução de 1930, com o<br />
ministro da Educação Francisco Campos, vai ocorrer uma certa ampliação<br />
do ensino de Sociologia no país em nível secundário, ampliando as escolas,<br />
saindo dos marcos das Escolas Normais, ampliando a possibilidade da<br />
formação mais humanista para os estudantes (CARVALHO, 2004, p. 19).<br />
No entanto, essa ampliação foi interrompida na segunda fase do governo Vargas, pois o então<br />
ministro da Educação, Gustavo Capanema, retira a obrigatoriedade da disciplina dos<br />
currículos das escolas secundárias em 1942, preservada apenas nas Escolas Normais. O<br />
período de 1925 a 1942 pode ser descrito como “os anos dourados no ensino de Sociologia”<br />
(SILVA, 2004, p. 79). No entanto, “entre 1942 a 1960, assiste-se a um ataque oficial às<br />
11 Ver: CANDI<strong>DO</strong>, Antônio. A sociologia no Brasil. Tempo Social, Revista de sociologia da USP, v. 18, n.1.<br />
Junho de 2006.<br />
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