UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
4 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA PRÁTICA <strong>DO</strong>CENTE: CONFIGURAÇÃO<br />
<strong>DO</strong> HABITUS<br />
4.1 Práticas e concepções sobre o ensino de Sociologia<br />
A atualidade exige a formação de um docente investigador, reflexivo, crítico e atualizado. São<br />
vários os elementos entrelaçados na tarefa de ser professor; sua herança cultural, sua trajetória<br />
pessoal e profissional mobilizam saberes que o ajudarão a intervir na realidade escolar.<br />
A tarefa de ser professor mobiliza ainda vários saberes, oriundos de diversas fontes. Segundo<br />
Tardif (2002), a formação inicial e contínua dos professores, o conhecimento das disciplinas a<br />
serem ensinadas, a experiência na profissão, a aprendizagem com os pares entre outros<br />
elementos, compõem esses saberes. Isso significa dizer que os professores, na prática de sua<br />
profissão, desenvolvem saberes que são elementos da prática docente e que surgem da<br />
experiência; saberes incorporados sob a forma de habitus e de habilidades, de saber-fazer.<br />
A tomada de decisões de cada docente sobre as práticas engendradas tem estreita ligação com<br />
sua trajetória pessoal e profissional, bem como nos ajudam a compreender qual a concepção<br />
que o docente tem acerca do ensino de Sociologia. Sabe-se da importância do papel<br />
desempenhado pelo professor que faz com que o seu trabalho não se assemelhe ao de um<br />
mero solucionador de problemas ou experimentador de hipóteses. A prática, portanto, tem<br />
suma importância no contexto atual, pois “ou modificamos nossa maneira de trabalhar<br />
enquanto professores ou estaremos vendo nossos jovens alunos procurarem em outros lugares<br />
o conhecimento e a forma de conhecer que não estamos sabendo transmitir e formar”<br />
(TOMAZI & JÚNIOR, 2004, p. 73).<br />
Segundo Sacristán (1995, p. 77), “as mudanças educativas, como uma transformação ao nível<br />
das ideias e das práticas, não são repentinas nem lineares. A prática educativa não começa do<br />
zero; quem quiser modificá-la tem de apanhar o processo ’em andamento’”; a inovação não é<br />
mais do que uma correção de trajetória. Nesse sentido,<br />
[...] o que nos torna professores é a capacidade de ensinarmos conteúdos,<br />
mas principalmente uma maneira de pensar, e de pensar autonomamente.<br />
99