UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg
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seus alunos, não aceita sugestões e críticas. Obviamente, a aula pode ser modificada por<br />
vários fatores - interesse dos alunos, surgimento de temas pertinentes no decorrer da<br />
exposição, indisciplina, etc. -, mas é importante entender que o professor tem que estar apto<br />
para tais mudanças e rearranjos, pois<br />
É possível perceber que o aluno sente-se mais estimulado a trabalhar quando<br />
percebe que há uma finalidade na proposta do educador, e que seus<br />
resultados são valorizados, que seu desempenho é comparado com ele<br />
próprio e, ainda, que seus progressos e dificuldades são vistos a partir de seu<br />
próprio padrão de desempenho, necessidades e possibilidades (PORTÁSIO<br />
& GO<strong>DO</strong>Y, 2007, p. 34).<br />
Esse estímulo que o educador precisa demonstrar e desenvolver no ensino de sua disciplina é<br />
vital, pois a instituição escolar pressupõe e exige avaliações - preferencial e obrigatoriamente<br />
qualitativas - sobre o processo de ensino-aprendizagem que está sendo desenvolvido em sala<br />
de aula.<br />
Na prática e no fazer docentes da professora não observei uma preocupação em interpretar e<br />
adaptar os conteúdos do programa, pelo contrário, notei a falta de aulas expositivas que<br />
poderiam facilitar essa mediação. Mas, durante o período letivo, eram solicitados aos alunos<br />
trabalhos, provas e exercícios, o que me leva a pensar que tais atividades sempre eram<br />
desenvolvidas a partir do conhecimento prévio que eles traziam para a escola. Além disso,<br />
não tinham oportunidade de desconstruir o senso comum, uma vez que Estela não promovia<br />
debates, seminários e, acima de tudo, não orientava os discentes para a elaboração mais crítica<br />
dos temas trabalhados em sala de aula. Pode-se inferir que tal comportamento por parte do<br />
professor pode limitar a aprendizagem e a apropriação do conhecimento sociológico pelos<br />
alunos, pois “a aprendizagem sociológica não se limita a apreensão de uma história da<br />
Sociologia, pois demanda, antes de mais nada, a criação de uma significabilidade pedagógica<br />
a partir dos sentidos e significados presentes no espaço da sala de aula.” (OLIVEIRA &<br />
ERAS, 2011, p.121),<br />
Como foi verificado, os alunos não viam sentido para aquilo que era proposto nas avaliações,<br />
e, além disso, não ocorriam explicações sobre o motivo de eles estarem estudando esse ou<br />
aquele conteúdo. É claro que a seleção dos conteúdos também vai ao encontro das<br />
preferências, gostos e interesses do professor, que são guiados pelas suas crenças. Nesse<br />
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