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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS ... - FAE - Uemg

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entendida como um processo planejado e sistemático. Especificamente no que compete à<br />

questão da indisciplina na sala de aula, a autoridade do professor “reside no ‘respeito’ que ele<br />

é capaz de impor aos seus alunos, sem coerção. Ela está ligada ao seu papel e à missão que a<br />

escola lhe confere, bem como à sua personalidade, ao seu carisma pessoal” (TARDIF, 2002,<br />

p. 139). A capacidade de enfrentar situações relacionadas à indisciplina, portanto,<br />

[...] permite que o professor desenvolva certos habitus (isto é, certas<br />

disposições adquiridas na e pela prática real) que lhe darão a possibilidade<br />

de enfrentar os condicionamentos e os imponderáveis da profissão. Os<br />

habitus podem se transformar num estilo de ensino, em “truques do ramo”<br />

ou mesmo em traços da “personalidade profissional”: eles se expressam,<br />

então, através de um saber-ser e de um saber-fazer pessoais e profissionais<br />

validados pelo trabalho cotidiano (TARDIF, 2002, p. 181).<br />

Há que se concordar com Brito (2009, p. 93) que “o atual discurso enfatiza que ao professor<br />

corresponde a tarefa de responder a situações cotidianas no seu local de trabalho e apreender<br />

seu novo perfil social”, um perfil que exige do docente “artimanhas” para se conduzir uma<br />

sala de aula. Para Arroyo (2009), muitas das dificuldades da docência e muitas indisciplinas<br />

têm por base a disritmia entre os tempos predefinidos da matéria e os tempos de aprender dos<br />

educandos e de ensinar de seus mestres.<br />

Nessa perspectiva, Gandin (2009, p. 59) orienta que “planejar é descobrir as necessidades de<br />

uma realidade e satisfazê-las”. Optei por abordar a questão da indisciplina porque, no decorrer<br />

das observações, notei que ela é um dos fatores que compromete a prática docente.<br />

Geralmente, os alunos do diurno são mais agitados, o que não significa dizer que o noturno,<br />

com alunos de faixas etárias bem distintas, também não apresente problemas de indisciplina.<br />

Portanto, notei que a questão da indisciplina requer um planejamento, de forma que o<br />

processo de ensino-aprendizagem não seja comprometido.<br />

4.3.1 A questão da disciplina aulas de Yuri: o tempo de docência e sua influência na<br />

questão disciplinar<br />

Segundo Tardif (2002, p. 130), Doyle (1986) e Desgagné (1994) mostraram que os problemas<br />

de disciplina em sala de aula se referem a “todo comportamento de um ou de vários alunos<br />

percebido pelo professor como parte de um programa de ação que entra em conflito com o<br />

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