Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />
é essencial que possuam algumas qualida<strong>de</strong>s processuais e substantivas<br />
fundamentais:<br />
• Legitimida<strong>de</strong>. O sistema no qual o órgão opera <strong>de</strong>ve resultar<br />
do consentimento das partes cujos interesses estão<br />
em jogo e as normas substantivas a serem aplicadas <strong>de</strong>vem<br />
aten<strong>de</strong>r às normas e padrões <strong>de</strong> interesse público.<br />
• Âmbito. O sistema <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> cobrir toda a gama<br />
<strong>de</strong> interesses legítimos das partes, bem como as questões<br />
relacionadas que geram conflito no local <strong>de</strong> trabalho.<br />
• Po<strong>de</strong>res. De um ponto <strong>de</strong> vista i<strong>de</strong>al, o sistema <strong>de</strong>ve ser capaz<br />
<strong>de</strong> aplicar todos os processos <strong>de</strong> resolução alternativa<br />
<strong>de</strong> conflitos (ADR), o que inclui a mediação, a arbitragem<br />
e os mecanismos intermediários <strong>de</strong>scritos neste manual, da<br />
melhor mais a<strong>de</strong>quada à solução do problema em questão.<br />
• In<strong>de</strong>pendência. Os facilitadores, mediadores e árbitros<br />
<strong>de</strong> qualquer sistema <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> disputas, bem como<br />
qualquer organização que execute esses sistemas, <strong>de</strong>vem<br />
ser claramente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e não ter nenhum conflito <strong>de</strong><br />
interesse em relação às partes ou ao tema em discussão. A<br />
<strong>de</strong>signação <strong>de</strong> uma parte neutra <strong>de</strong>ve resultar <strong>de</strong> um consentimento<br />
geral ou específico. Po<strong>de</strong> <strong>de</strong>rivar, por exemplo,<br />
<strong>de</strong> uma disposição nacional ou procedimentos para solucionar<br />
<strong>de</strong>terminados conflitos em ativida<strong>de</strong>s específicas do<br />
setor público conforme a necessida<strong>de</strong>.<br />
• Profi ssionalismo. Embora os estilos <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> controvérsias<br />
possam variar <strong>de</strong> acordo com as personalida<strong>de</strong>s<br />
e pontos fortes individuais, os usuários têm o direito <strong>de</strong><br />
saber se os prestadores <strong>de</strong>sses serviços atuam sob uma estrutura<br />
<strong>de</strong> governança eticamente sólida, têm a experiência<br />
a<strong>de</strong>quada e são qualificados e competentes na sua área.<br />
• Coor<strong>de</strong>nação e integração. Qualquer processo <strong>de</strong> resolução<br />
<strong>de</strong> conflitos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou setorial <strong>de</strong>ve ser compatível<br />
com o sistema mais amplo <strong>de</strong> regulação e elaboração<br />
<strong>de</strong> acordos trabalhistas aplicável ou adotado pelas partes.<br />
De um ponto <strong>de</strong> vista i<strong>de</strong>al, os sistemas <strong>de</strong> solução <strong>de</strong><br />
conflitos, públicos ou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>vem se complementar,<br />
mas, em nenhuma hipótese, minar as ativida<strong>de</strong>s<br />
uns dos outros. 122<br />
122 Veja C. Thompson, “Dispute resolution in the workplace: public issues, private<br />
troubles”, in ADR Bulletin (Robina, QLD, Austrália, Centro <strong>de</strong> Resolução <strong>de</strong><br />
Conflitos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bond, 2007), Vol. 9, n. 8, pág. 141.<br />
Parte II. Resolução <strong>de</strong> conflitos<br />
97