Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />
justificar o respeito às <strong>de</strong>cisões dos órgãos públicos e tribunais responsáveis<br />
pelas leis envolvidas. Por último, a maioria dos especialistas<br />
na resolução <strong>de</strong> disputas enfatiza a importância <strong>de</strong> se envolver<br />
as partes abrangidas pelo sistema na sua concepção e supervisão. 130<br />
A Tokiso é a maior prestadora privada <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> resolução<br />
<strong>de</strong> conflito da África do Sul e mais <strong>de</strong> 10 mil disputas são resolvidas<br />
por ano pelos membros dos seus painéis. A empresa presta<br />
serviços <strong>de</strong> mediação/conciliação, arbitragem, apuração <strong>de</strong> fatos<br />
e facilitação. Além disso, a Tokiso estabeleceu suas próprias normas<br />
<strong>de</strong> mediação e arbitragem, bem como um código <strong>de</strong> conduta<br />
para os membros dos painéis. Na prática, os órgãos <strong>de</strong> resolução<br />
<strong>de</strong> conflitos, tanto aqueles financiados pelo Estado como os<br />
que não recebem subsídio, são muito ativos na África do Sul e<br />
as entida<strong>de</strong>s não estatutárias <strong>de</strong>sempenham uma valiosa função<br />
suplementar – e talvez até mesmo complementar – no contexto<br />
geral do país. Nos Estados Unidos, o FMCS presta um serviço<br />
semelhante por meio <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong> árbitros, que po<strong>de</strong>m ser acessados<br />
pelas partes. Os honorários dos árbitros privados são pagos<br />
pelas partes, o que estimula soluções negociadas ou mediadas. 131<br />
A principal instância <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos no âmbito da Lei<br />
do Trabalho Justo australiana <strong>de</strong> 2009 é um órgão legal (Fair<br />
Work Austrália), mas a Lei também prevê que conflitos po<strong>de</strong>m<br />
ser solucionados por pessoas físicas.132 No Reino Unido, o<br />
ACAS, um serviço que, embora financiado em gran<strong>de</strong> parte pelo<br />
governo, é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, 133 é a organização lí<strong>de</strong>r na prestação <strong>de</strong><br />
diversos serviços <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> controvérsias, mas seu trabalho é complementado<br />
por órgãos privados como o Centro para a Resolução<br />
Eficaz <strong>de</strong> Disputas. 134 A resolução <strong>de</strong> conflitos por mecanismos<br />
não estatutários geralmente envolve custos adicionais para as<br />
partes, tornando-a um recurso improvável para os países em <strong>de</strong>-<br />
130 A Comissão Dunlop: Fact-finding report of the Commission on the Future of<br />
Worker–Management Relations (Washington, DC, Departamentos <strong>de</strong> Comércio e<br />
Trabalho, 1994), pág. 113.<br />
131 Veja mais sobre a Tokiso na sua página na internet, http://www.tokiso.com<br />
(acessado em 27/10/ 2011).<br />
132 Veja a seção 740.<br />
133 Veja o site do ACAS, http://www.acas.org.uk (acessado em 27/10/ 2011).<br />
134 Veja o site do Centro para a Resolução Eficaz <strong>de</strong> Disputas, http://www.cedr.com<br />
(acessado em 27/10/ 2011).<br />
Parte II. Resolução <strong>de</strong> conflitos<br />
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