Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />
seus problemas em um “ambiente seguro” totalmente confi<strong>de</strong>ncial.<br />
O papel do facilitador não é o <strong>de</strong> oferecer orientações ou sugerir<br />
soluções. O objetivo do processo é proporcionar um espaço no qual<br />
ambas as partes possam ouvir o que a outra tem a dizer, <strong>de</strong>senvolver<br />
uma compreensão mais profunda da outra parte e tentar chegar a<br />
uma solução mutuamente acordada. 144<br />
A facilitação contribui <strong>de</strong> diversas maneiras:<br />
• As partes trazem consigo uma combinação <strong>de</strong> interesses<br />
compartilhados, diferentes e conflitantes para a sala <strong>de</strong> negociação.<br />
Sendo assim, quase sempre é bom ter-se um presi<strong>de</strong>nte<br />
neutro para interações <strong>de</strong> qualquer natureza.<br />
• Embora as partes geralmente estejam <strong>de</strong>terminadas a alcançar<br />
resultados substantivos, o foco principal do facilitador<br />
é o <strong>de</strong> usar o processo como um meio para um fim.<br />
O facilitador tem o mandato <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os rumos mais produtivos<br />
para maximizar ganhos mútuos e não individuais e<br />
manter as partes neles.<br />
• Um facilitador confiável po<strong>de</strong> orientar as partes no sentido<br />
<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>rem interesses mais amplos, novas perspectivas<br />
e horizontes temporais mais longos.<br />
• Um facilitador imparcial po<strong>de</strong> harmonizar a dinâmica <strong>de</strong><br />
grupos pequenos, gerir personalida<strong>de</strong>s e funcionar como<br />
um amortecedor. Quando há pouca confiança entre as partes,<br />
os argumentos a favor do uso <strong>de</strong> um facilitador in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
ficam bastante convincentes.<br />
• O facilitador po<strong>de</strong> atuar no sentido <strong>de</strong> ouvir as preocupações<br />
e propostas das partes e ajudar a esclarecê-las com a<br />
neutralida<strong>de</strong> necessária; e, com a sua permissão, fazer uma<br />
análise objetiva à luz da situação real.<br />
• Com o consentimento das partes, o facilitador po<strong>de</strong> se<br />
adaptar a um papel mais ativista <strong>de</strong> proto-mediador quando<br />
as posições começarem a ficar mais intransigentes.<br />
• A boa facilitação não substitui consultas, negociações ou<br />
outras formas <strong>de</strong> interação, mas sim as apoia.<br />
144 Fórum <strong>de</strong> Parcerias Nacionais nos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Tools for change through<br />
partnership: Alternative processes for handling change, conflict resolution and<br />
problem solving, pág. 27, acessível em www.hsnpf.ie ou http://193.178.2.193/<br />
Publications/HSNPF%20Publications/Tools%20for%20Change%20<br />
through%20Partnership%202nd%20Ed.%20July%2009.pdf.<br />
Parte II. Resolução <strong>de</strong> conflitos<br />
107