30.11.2014 Views

Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization

Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization

Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />

drões tradicionais das relações sindicais. 51 In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />

as negociações ocorrerem no nível nacional, setorial ou regional,<br />

cada nível po<strong>de</strong> ter sua própria jurisdição, autorida<strong>de</strong> sobre questões<br />

envolvendo funcionários, fontes <strong>de</strong> receita e autonomia fiscal.<br />

Alguns sistemas adotam uma estrutura central ou setorial, complementada<br />

por negociações em contextos <strong>de</strong>scentralizados, para conferir<br />

or<strong>de</strong>m à negociação e à autorregulação promovida. Por exemplo,<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negociação <strong>de</strong> dois níveis foi <strong>de</strong>senvolvido na Suécia,<br />

Dinamarca, Noruega e Finlândia, com o nível setorial <strong>de</strong>finindo as<br />

normas processuais e uma estrutura econômica (que às vezes inclui<br />

parâmetros salariais) para negociações locais. Conseqüentemente,<br />

algumas das negociações substantivas – por exemplo, em torno <strong>de</strong><br />

salários reais – foram transferidas para níveis inferiores. 52<br />

A África do Sul também adotou essa abordagem para negociações<br />

<strong>coletiva</strong>s no setor público ao estabelecer um Conselho Coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> Negociações no Serviço Público <strong>de</strong> âmbito nacional com responsabilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negociação que cobrem todas as questões que:<br />

(i) “sejam reguladas por regras, normas e padrões uniformes<br />

que se aplicam a todas as áreas do serviço público;<br />

(ii) apliquem-se às condições <strong>de</strong> emprego válidas para dois ou<br />

mais setores públicos;<br />

(iii) sejam atribuídas ao Estado como empregador no serviço público,<br />

mas não sejam atribuídas ao Estado enquanto empregador<br />

em qualquer outro setor”. 53<br />

O Conselho <strong>de</strong> Negociação bipartite foi encarregado <strong>de</strong> estabelecer<br />

um segundo nível <strong>de</strong> conselhos setoriais <strong>de</strong> negociação no país.<br />

Como regra geral, esses fóruns <strong>de</strong> negociação <strong>de</strong> segundo nível –<br />

por exemplo, o Conselho <strong>de</strong> Relações Trabalhistas na Educação –<br />

conclui acordos em torno <strong>de</strong> questões substantivas no setor, como<br />

melhores salários e condições <strong>de</strong> trabalho, mas permitem que câ-<br />

51 OIT, “Substantive provisions of labour legislation: Effective recognition of the<br />

right to collective bargaining”, em OIT: <strong>Labour</strong> Legislation Gui<strong>de</strong>lines, Capítulo<br />

III, http://www2.ilo.org/public/english/dialogue/ifpdial/llg/in<strong>de</strong>x.htm (acessado<br />

em 27/10/ 2011).<br />

52 T. Stokke e A. Seip: “Collective dispute resolution in the public sector: The<br />

Nordic countries compared”, em Journal of Industrial Relations (Sidney,<br />

Associação Australiana <strong>de</strong> Relações <strong>de</strong> Trabalho e Emprego, 2008), Vol. 60, N.<br />

4, pág. 562.<br />

53 Seção 36 da Lei das Relações <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> 1995.<br />

Parte I: Prevenção <strong>de</strong> conflitos<br />

31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!