Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
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Embora a modalida<strong>de</strong> posicional possa ser compreensível no seu<br />
contexto histórico e seja amplamente funcional, suas limitações<br />
também po<strong>de</strong>m ser facilmente i<strong>de</strong>ntificadas. Os locais <strong>de</strong> trabalho<br />
da atualida<strong>de</strong> são pelo menos tão compartilhados quanto os<br />
interesses conflitantes. Pesquisas abrangentes e a experiência revelam<br />
que locais <strong>de</strong> trabalho muito bons – organizações produtivas<br />
e <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho, que <strong>de</strong>spertam o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> trabalhar<br />
nas pessoas – são caracterizados por relações <strong>de</strong> confiança e respeito<br />
entre todas as partes. 63 A negociação posicional po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestimular<br />
a criativida<strong>de</strong> conjunta e não explora as possibilida<strong>de</strong>s<br />
disponíveis para ganhos mútuos.<br />
O estilo <strong>de</strong> negociação em alguns países em rápido processo<br />
<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização está reproduzindo substancialmente, em aspectos<br />
essenciais, a experiência histórica <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s que<br />
hoje são pós-industriais. A negociação posicional – discutida<br />
mais abaixo – está surgindo como a modalida<strong>de</strong> padrão. Esta<br />
publicação espera incentivar as partes <strong>de</strong>sses países a explorar<br />
caminhos diferentes no início do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> suas negociações.<br />
O mo<strong>de</strong>lo dos ganhos mútuos 64<br />
Nos últimos anos, observou-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
alternativos <strong>de</strong> negociação, <strong>de</strong>scritos alternadamente como negociações<br />
<strong>de</strong> ganhos mútuos, baseadas em interesses, mutuamente<br />
benéficas, integradoras e orientadas por princípios. Essas abordagens<br />
procuram promover a negociação produtiva por meio dos<br />
seguintes princípios:<br />
63 Veja, entre muitas fontes, J. Rogers e W. Streeck (eds.): Works councils:<br />
Consultation, representation, and cooperation in industrial relations (Chicago,<br />
Editora da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chicago, 1995); G. Leminsky: “Everything you always<br />
wanted to know about Mitbestimmung”, in Die Mitbestimmung (Düsseldorf,<br />
Fundação Hans Böckler, 1999), págs. 46–50; D. Hull e V. Reid: Simply the<br />
best workplaces in Australia, Documento <strong>de</strong> trabalho do ACIRRT n. 88 (Sidney,<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Gales do Sul, 2003); T. Kochan e P. Osterman: The mutual<br />
gains enterprise (Boston, Editora da Harvard Business School, 1994); J. Gittell:<br />
The Southwest Airlines way (Nova Iorque, McGraw-Hill, 2003); D. Weiss: Beyond<br />
the walls of conflict (Toronto, Irwin, 1996); e o Instituto Great Place to Work,<br />
http://www.greatplacetowork.com (acessado em 27/10/2011).<br />
64 Para uma discussão focada diretamente no setor público (em um contexto<br />
cana<strong>de</strong>nse), veja N. Caverly, B. Cunningham e L. Mitchell: “Reflections on<br />
public sector-based integrative collective bargaining: Conditions affecting<br />
cooperation within the negotiation process” em Employee Relations (Glasgow,<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Strathcly<strong>de</strong>, 2006), Vol. 28, n. 1, pág. 62.<br />
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DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES SETORIAIS