Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
serviços <strong>de</strong>veriam ser <strong>de</strong>signados como essenciais. A <strong>de</strong>finição do<br />
que é essencial cumpre os requisitos do Comitê <strong>de</strong> Especialistas,<br />
como <strong>de</strong>scrito acima. Os membros da Comissão são <strong>de</strong>signados<br />
pelo Ministro, após consultas com empregadores e sindicatos, e o<br />
processo <strong>de</strong> investigação permite que todas as partes interessadas<br />
apresentem sugestões. Não são permitidas ações sindicais para<br />
conflitos <strong>de</strong> interesse em torno <strong>de</strong> serviços essenciais. Eles <strong>de</strong>vem<br />
ser submetidos a mecanismos legais <strong>de</strong> conciliação e arbitragem<br />
pela Comissão <strong>de</strong> Conciliação, Mediação e Arbitragem, que é sujeita<br />
a uma governança tripartite. 195<br />
A legislação sul-africana procura preservar a dinâmica da negociação<br />
mesmo nessa área sensível. Ela faz isso garantindo um<br />
espaço a<strong>de</strong>quado para as partes negociarem acordos <strong>de</strong> “serviços<br />
mínimos” no contexto <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>signados como essenciais.<br />
Quando as partes chegam a um acordo sobre esse tema e esse<br />
acordo é ratificado pela Comissão dos Serviços Essenciais:<br />
• os serviços mínimos tornam-se a única área na qual não<br />
po<strong>de</strong>m ser feitas greves e<br />
• a proibição mais ampla <strong>de</strong> greves no balanço dos serviços<br />
anteriormente <strong>de</strong>signados como essenciais e a obrigação <strong>de</strong><br />
encaminhamento <strong>de</strong> conflitos não resolvidos a processos<br />
<strong>de</strong> arbitragem caem. 196<br />
A lei prevê também que <strong>de</strong>terminados serviços sejam <strong>de</strong>clarados<br />
como “serviços <strong>de</strong> manutenção” – aqueles que, se interrompidos,<br />
teriam “o efeito <strong>de</strong> provocar a <strong>de</strong>struição física <strong>de</strong> qualquer<br />
área <strong>de</strong> trabalho, instalação ou maquinário”. Os conflitos em torno<br />
<strong>de</strong>sses serviços <strong>de</strong>vem, <strong>de</strong> uma forma geral, ser submetidos a<br />
arbitragem e ações sindicais não são permitidas nesses casos. 197<br />
No nível fe<strong>de</strong>ral, a legislação cana<strong>de</strong>nse equivalente adota uma<br />
<strong>de</strong>finição mais ampla <strong>de</strong> serviço essencial, <strong>de</strong>finindo-o como “um<br />
serviço, instalação ou ativida<strong>de</strong> do Governo do Canadá que é ou<br />
será, a qualquer momento, necessário para a segurança do público<br />
ou <strong>de</strong> um segmento do público”. Essa lei estimula empregadores<br />
e sindicatos a estabelecer acordos em torno <strong>de</strong> serviços<br />
essenciais, ou seja, acordos que i<strong>de</strong>ntifiquem:<br />
195 Veja as seções 70 a 74 e 116 da Lei das Relações <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> 1995.<br />
196 Seção 72 da Lei das Relações <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> 1995.<br />
197 Seção 75 da Lei das Relações <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> 1995.<br />
140<br />
DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES SETORIAIS