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Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />

a participação e melhorar as condições das mulheres nesse processo. O<br />

segundo é a incorporação da perspectiva <strong>de</strong> gênero aos temas do diálogo<br />

social, <strong>de</strong> modo a refletir a evolução constante dos mercados <strong>de</strong> trabalho<br />

e dos mo<strong>de</strong>los no mundo do trabalho. No ano <strong>de</strong> comemoração do 60º<br />

aniversário da Convenção n. 98, é importante reconhecer a importância<br />

central da negociação <strong>coletiva</strong> no enfrentamento esses <strong>de</strong>safios.<br />

395. A participação equitativa <strong>de</strong> mulheres nas instituições <strong>de</strong> diálogo<br />

social é, por si só, fundamental para promover a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gênero por meio do tripartismo e do diálogo social. Os baixos índices<br />

<strong>de</strong> participação <strong>de</strong> mulheres em organizações <strong>de</strong> trabalhadores e<br />

empregadores, bem como nas instituições tripartites relevantes, estão<br />

bem documentados. Em algumas regiões, as mulheres aumentaram<br />

sua participação não apenas na força <strong>de</strong> trabalho remunerada, seja<br />

como empregadoras ou trabalhadoras, mas também nas instituições<br />

relevantes do tripartismo e do diálogo social. Além disso, já foi <strong>de</strong>monstrado<br />

que as mulheres têm uma probabilida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> incluir<br />

questões <strong>de</strong> gênero nos programas <strong>de</strong> trabalho que os homens. Por<br />

essa razão, o aumento da participação das mulheres no diálogo social<br />

também levou a uma maior atenção a questões <strong>de</strong> gênero, como, por<br />

exemplo, com a criação <strong>de</strong> mecanismos tripartites nacionais para as<br />

mulheres dos países latinoamericanos durante a década <strong>de</strong> 1990. 93<br />

Como esses problemas po<strong>de</strong>m ser abordados?<br />

As restrições a mulheres e homens na negociação <strong>coletiva</strong> po<strong>de</strong>m<br />

ser diferentes. Uma análise <strong>de</strong> gênero ajudaria a garantir que as<br />

perspectivas femininas e masculinas sejam incluídas e, possivelmente,<br />

investigaria as razões pelas quais a participação das mulheres<br />

na mesa <strong>de</strong> negociação é muitas vezes menor que a dos<br />

homens. 94 A OIT já publicou ferramentas para abordar questões<br />

93 Conferência Internacional do Trabalho, 98ª Sessão, 2009, Relatório VI.<br />

94 Sindicatos <strong>de</strong> diversos países lançaram programas para ampliar a participação e<br />

representação das mulheres. Na Áustria, a Fe<strong>de</strong>ração Sindical Austríaca levou a<br />

cabo um plano <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> gênero e, em 2006, assumiu o compromisso <strong>de</strong><br />

garantir uma representação proporcional das mulheres em todos os seus órgãos.<br />

Em 2002, na Bélgica, as três confe<strong>de</strong>rações nacionais assinaram um convênio<br />

para promover a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mulheres e homens em sindicatos. Em Chipre,<br />

a Confe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Trabalhadores <strong>de</strong> Chipre lançou uma campanha informativa<br />

em 2006 direcionada a mulheres. (Fundação Europeia para a Melhoria das<br />

Condições <strong>de</strong> Vida e <strong>de</strong> Trabalho: Tra<strong>de</strong> union strategies to recruit new groups of<br />

workers (Dublin, 2010), págs. 22 e 38). Além disso, <strong>de</strong>ve-se levar em conta que,<br />

em alguns sindicatos, o número <strong>de</strong> membros femininos é relativamente maior<br />

que o <strong>de</strong> homens porque o setor é dominado pelas mulheres. Na Bulgária, por<br />

exemplo, apesar da predominância <strong>de</strong> funcionários masculinos em organizações-<br />

Parte I: Prevenção <strong>de</strong> conflitos<br />

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