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Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />

• avaliação cuidadosa dos interesses e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas<br />

as partes envolvidas, sem exceção, e não a promoção obstinada<br />

<strong>de</strong> posições <strong>de</strong> negociação pré-estabelecidas;<br />

• alto nível <strong>de</strong> intercâmbio <strong>de</strong> informações;<br />

• tentativas <strong>de</strong> “fazer crescer o bolo” no ciclo <strong>de</strong> negociação<br />

seguinte antes <strong>de</strong> dividi-lo;<br />

• geração criativa <strong>de</strong> opções que promovam interesses compartilhados<br />

e conciliem interesses distintos ou conflitantes;<br />

• resolução <strong>de</strong> problemas; e<br />

• a percepção <strong>de</strong> que o processo é importante.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ganhos mútuos gira em torno <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

negociação empo<strong>de</strong>rado como uma alternativa ao uso do po<strong>de</strong>r<br />

econômico, seja ele exercido pelo empregador, pelos trabalhadores<br />

ou por seus representantes. A teoria é a seguinte:<br />

• há po<strong>de</strong>r no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma boa relação <strong>de</strong> trabalho:<br />

quando constroem relações <strong>de</strong> confiança e respeito,<br />

as partes po<strong>de</strong>m negociar entre si com mais segurança e<br />

influenciar umas as outras <strong>de</strong> uma maneira mais criativa e<br />

recíproca;<br />

• há po<strong>de</strong>r na compreensão dos diferentes interesses envolvidos:<br />

quanto mais se compreen<strong>de</strong> as preocupações do<br />

outro lado, e quanto mais fielmente as partes transmitem<br />

suas próprias preocupações, mais as perspectivas <strong>de</strong> um<br />

acordo que satisfaça os interesses <strong>de</strong> ambos os lados são<br />

ampliadas;<br />

• há po<strong>de</strong>r na invenção <strong>de</strong> soluções elegantes: o compartilhamento<br />

<strong>de</strong> informações e uma participação efetiva ajudam<br />

a produzir opções e soluções que, <strong>de</strong> outra maneira, jamais<br />

seriam encontradas;<br />

• há po<strong>de</strong>r nos compromissos: se um dos lados se dispuser a<br />

assumir compromissos e confiar que o outro fará o mesmo,<br />

o processo <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> acordos po<strong>de</strong> gerar resultados<br />

mais significativos. 65<br />

As diferenças entre a negociação posicional e a <strong>de</strong> ganhos mútuos<br />

foram resumidas instrutivamente na tabela abaixo:<br />

65 Veja R. Fisher, W. Ury e B. Patton: “Negotiation power: Ingredients in an<br />

ability to influence the other si<strong>de</strong>”, em L. Hall (ed.): Negotiation strategies for<br />

mutual gain (Thousand Oaks, CA, Sage Publications, 1993), pág. 6 em diante,<br />

reproduzido parcialmente aqui.<br />

Parte I: Prevenção <strong>de</strong> conflitos<br />

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