Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Avaliação neutra inicial — uma alternativa ao processo<br />
<strong>de</strong> apuração <strong>de</strong> fatos<br />
• A Avaliação Neutra Preliminar (ENE) é um avaliação antecipada<br />
dos fatos, provas ou méritos legais. Esse processo foi<br />
concebido para servir <strong>de</strong> base para negociações adicionais<br />
e mais completas ou, pelo menos, para ajudar as partes a<br />
evitar novas etapas <strong>de</strong>snecessárias do litígio.<br />
• As partes <strong>de</strong>signam uma pessoa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para emitir<br />
um parecer sobre os méritos das questões especificados por<br />
elas. Apesar <strong>de</strong> ser não vinculativo, esse parecer fornece uma<br />
avaliação imparcial sobre posições relativas e orientações<br />
quanto ao provável resultado se o caso for para o tribunal.<br />
• O objetivo da avaliação neutra preliminar é estimular cada<br />
uma das partes a compreen<strong>de</strong>r melhor sua própria posição<br />
à luz das referências usadas para solucionar conflitos, proporcionando<br />
um fórum no qual as partes apresentam seus<br />
respectivos argumentos e recebem uma avaliação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
e neutra do provável resultado.<br />
Fonte: P. Teague: Dispute resolution, employment relations and public policy<br />
in the Republic of Ireland, Apresentação feita para a OIT, 2008.<br />
27. Arbitragem<br />
A arbitragem po<strong>de</strong> ser vista como o “passo seguinte” à mediação na<br />
ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos. Na arbitragem voluntária, ao perceber<br />
que seus próprios esforços não resultarão em um avanço significativo,<br />
as partes em disputa concordam voluntariamente em submeter<br />
as questões conflitantes à análise <strong>de</strong> um terceiro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. O<br />
árbitro tem autorida<strong>de</strong> contratual (o ato <strong>de</strong> submissão a arbitragem,<br />
que po<strong>de</strong> ser previsto em um acordo coletivo mais amplo) ou estatutária<br />
para julgar provas e argumentos e, posteriormente, emitir uma<br />
<strong>de</strong>terminação final e vinculante sobre as questões em disputa. 158<br />
Em conflitos (econômicos) <strong>de</strong> interesse, duas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
arbitragem po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas. Na modalida<strong>de</strong> padrão, o<br />
árbitro tem liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação para <strong>de</strong>terminar, por exemplo, o<br />
158 Veja o parágrafo 6 da Recomendação n. 92 sobre Conciliação e Arbitragem<br />
Voluntárias <strong>de</strong> 1951: “Se um conflito tiver sido submetido a arbitragem, com<br />
o consentimento <strong>de</strong> todas as partes interessadas, para sua solução final, as<br />
partes <strong>de</strong>veriam ser estimuladas a abster-se <strong>de</strong> greves e lockouts enquanto a<br />
arbitragem estiver em curso e aceitar o sentença arbitral”.<br />
118<br />
DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES SETORIAIS