Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />
13. Códigos <strong>de</strong> boas práticas<br />
Diversos organismos consultivos nacionais e órgãos <strong>de</strong> resolução<br />
<strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong>senvolvem e disponibilizam códigos <strong>de</strong> boas práticas<br />
sobre uma série <strong>de</strong> temas, entre os quais negociação <strong>coletiva</strong><br />
e solução <strong>de</strong> controvérsias. 109 Um código bem elaborado po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenhar um papel educacional significativo e constituir uma<br />
importante ferramenta <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> conflitos.<br />
Também não é raro que tribunais estatutários <strong>de</strong> arbitragem e do<br />
trabalho sejam instruídos por lei a levar em consi<strong>de</strong>ração o conteúdo<br />
<strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> boas práticas ao julgar casos que lhes são<br />
encaminhados. 110<br />
14. Resolução conjunta <strong>de</strong> problemas<br />
A solução conjunta <strong>de</strong> problemas é um processo que não se limita<br />
à área do trabalho. No entanto, ela também po<strong>de</strong> ser vista como<br />
uma alternativa à negociação convencional ou como uma dimensão<br />
da negociação baseada em interesses. A diferença essencial é<br />
que aqueles que estão efetivamente trabalhando para resolver um<br />
problema o abordam <strong>de</strong> uma maneira mais colaborativa, enquanto<br />
negociadores posicionais po<strong>de</strong>m estar mais interessados em<br />
promover suas respectivas posições. Em outras palavras, negociadores<br />
ten<strong>de</strong>m a se voltar uns contra os outros, enquanto aqueles<br />
que <strong>de</strong>sejam realmente resolver problemas trabalham juntos.<br />
Negociadores posicionais procuram maximizar os ganhos para o<br />
seu lado. Para aqueles efetivamente empenhados na resolução <strong>de</strong><br />
um problema, por outro lado, a meta é garantir um acordo cole-<br />
109 Para exemplos <strong>de</strong>sses códigos, veja o site da Comissão Irlan<strong>de</strong>sa <strong>de</strong> Relações do<br />
Trabalho (http://www.lrc.ie), a Comissão Sul-Africana <strong>de</strong> Conciliação, Mediação e<br />
Arbitragem (http://www.ccma.org.za) e Serviço <strong>de</strong> Assessoria, Conciliação e Mediação<br />
do Reino Unido (http://www.acas.org.uk) (todos os URLs acessados em 27/10/2011).<br />
110 Em muitos casos, a conduta <strong>de</strong> mediadores e árbitros e <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s judiciais<br />
é regulada por códigos <strong>de</strong> conduta, quer atuem por meio <strong>de</strong> serviços legais <strong>de</strong><br />
solução <strong>de</strong> conflitos ou órgãos privados. Esses códigos regulam as normas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho e a conduta <strong>de</strong> terceiros, limitando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrupção e<br />
mo<strong>de</strong>rando interesses adquiridos. Além disso, diversas leis trabalhistas incluem<br />
códigos <strong>de</strong> boas práticas para empregadores, trabalhadores e seus representantes<br />
para ajudá-los a lidar com conflitos e disputas. Os <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> trabalho<br />
estão cada vez mais fornecendo esses códigos e diretrizes, bem como mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
acordos e prece<strong>de</strong>ntes relevantes, às partes para ajudá-las a gerir o conflito mais<br />
eficazmente. (F. Steadman: Handbook on alternative labour dispute resolution<br />
(Turin, Central Internacional <strong>de</strong> Formação da OIT, 2011), pág. 54.)<br />
Parte I: Prevenção <strong>de</strong> conflitos<br />
75