Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
Manual de negociacao coletiva - International Labour Organization
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong> e resolução <strong>de</strong> conflitos no serviço público<br />
Comentários estruturantes: negociações <strong>coletiva</strong>s justas e<br />
robustas para realçar confl itos evitáveis<br />
Embora este manual enfoque a prevenção e solução <strong>de</strong> conflitos,<br />
a negociação <strong>coletiva</strong> é vista como o principal ponto <strong>de</strong> referência<br />
em qualquer mecanismo i<strong>de</strong>alizado <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> controvérsias.<br />
Já no final do século XIX, Sidney e Beatrice Webb documentaram<br />
o “método <strong>de</strong> negociação <strong>coletiva</strong>” como um meio <strong>de</strong> solucionar<br />
conflitos em países industrializados 21 e observadores perspicazes<br />
do mercado <strong>de</strong> trabalho vêm aperfeiçoando a análise <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então:<br />
Dois mecanismos foram aprovados em socieda<strong>de</strong>s oci<strong>de</strong>ntais nos<br />
últimos dois séculos para solucionar interesses conflitantes entre<br />
grupos e organizações, bem como entre seus membros constituintes:<br />
o das concessões mútuas do mercado e o dos sistemas regulatórios<br />
governamentais estabelecidos pelo processo político …<br />
Como meio <strong>de</strong> solucionar conflitos entre organizações, a negociação<br />
e a formulação <strong>de</strong> acordos oferecem diversas vantagens em relação<br />
ao litígio, a <strong>de</strong>cretos governamentais ou à guerra até a extinção. .<br />
. . Uma característica importante <strong>de</strong> qualquer acordo é que ambas<br />
as partes se comprometem a respeitá-lo em vez <strong>de</strong> continuarem em<br />
conflito e guerra após uma <strong>de</strong>cisão inaceitável para uma das partes<br />
ter sido tomada. . . . Há uma importante percepção <strong>de</strong> que qualquer<br />
<strong>de</strong>cisão entre grupos só solucionará genuinamente o conflito se<br />
as partes concordarem em aceitá-la. É muito mais provável que as<br />
partes façam valer seu próprio acordo do que aceitem uma <strong>de</strong>cisão<br />
adversa para uma <strong>de</strong>las. 22<br />
Além disso, em um documento anterior <strong>de</strong> introdução à solução<br />
<strong>de</strong> conflitos, a OIT coloca a proposta em termos muito simples:<br />
[A] resolução eficaz <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong> trabalho constitui uma alta priorida<strong>de</strong>.<br />
E mais importante ainda é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se prevenir conflitos<br />
<strong>de</strong> todos os tipos que possam vir a surgir. . . A negociação <strong>coletiva</strong><br />
previne o conflito ao compartilhar o po<strong>de</strong>r no local <strong>de</strong> trabalho. 23<br />
21 S. e B. Webb: Industrial <strong>de</strong>mocracy (Longress, Longmans, Green, e Co., 1897),<br />
Vol. II, Cap. II.<br />
22 J. Dunlop: Dispute resolution: Negotiation and consensus building (Westport,<br />
CT, Greenwood Publishing, 1984), págs. 3 e 25.<br />
23 R. Heron e C. Van<strong>de</strong>nabeele: <strong>Labour</strong> dispute resolution: An introductory gui<strong>de</strong><br />
(Genebra, OIT, 1999) págs. (iii) e 17.<br />
13