Texto completo em PDF - Museu da Vida
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para que se determine o que é ou deixa de ser relevante para a matéria. Mas, esta é uma<br />
norma flexível, variando de acordo com a <strong>em</strong>presa jornalística ou com a editoria para a qual<br />
o texto é produzido. Em outras palavras, determina<strong>da</strong> informação pode ser relevante para a<br />
editoria de política e não para a coluna social. De igual modo, exist<strong>em</strong> informações<br />
prioritárias para ciência e tecnologia que se tornam secundárias na editoria de economia.<br />
Se para a própria ativi<strong>da</strong>de jornalística o critério de interesse é algo um tanto quanto<br />
impreciso, é pouco provável que o entrevistado tenha uma noção exata do que, para o<br />
jornalista, é importante ser destacado. Na presente investigação, constatamos, por ex<strong>em</strong>plo,<br />
a tendência de os pesquisadores chamar<strong>em</strong> a atenção para determina<strong>da</strong>s informações que,<br />
do ponto de vista jornalístico, não têm tanta relevância. Neste rol inclu<strong>em</strong>-se, por ex<strong>em</strong>plo,<br />
os cargos do pesquisador e a identificação dos orientadores ou colaboradores <strong>da</strong> pesquisa.<br />
A inclusão do nome do orientador é um caso que, na ótica do pesquisador, pode significar<br />
reconhecimento e respeito. Para o repórter, no entanto, é o tipo de informação que na<strong>da</strong><br />
acrescenta à matéria. Ao jornalismo científico interessa, basicamente, promover pesquisas,<br />
descobertas científicas, avanços tecnológicos, e não pessoas. Observe-se, no ex<strong>em</strong>plo (29),<br />
que a pesquisadora sugere a inclusão dos nomes de seus orientadores, mas o texto<br />
jornalístico não faz menção ao assunto.<br />
(29)<br />
<strong>Texto</strong> Jornalístico Nº <strong>da</strong><br />
Linha<br />
351<br />
362<br />
<strong>Texto</strong>-Fonte<br />
(Entrevista IV)<br />
J3 - professora ... o trabalho foi desenvolvido só pela senhora foi?<br />
C15 - esse trabalho eu desenvolvi com meus orientadores ... que é o doutor<br />
T<br />
J3 - como?<br />
C15 - J M T<br />
J3 - áh certo<br />
C15 - certo e a doutora M S<br />
J3 - certo<br />
C15 - isso inclusive se você pudesse <strong>da</strong>r é interessante porque realmente<br />
foram/ foi graças a eles que eu tive acesso a laboraTÓRIO e me ensinaram<br />
a técnica e eles foram treiNADOS pela PIOneira de cultura de antera ...<br />
que se chama doutora C N ... uma francesa ... foi uma <strong>da</strong>s PRIMEIras a<br />
trabalhar com essa TÉCnica ... aí eles tiveram a oportuni<strong>da</strong>de de aprender<br />
com ELA e eu com eles ... então isso foi uma grande chance que eu tive ...<br />
de aprender<br />
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