Texto completo em PDF - Museu da Vida
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I (linhas 110-449) foram reordena<strong>da</strong>s conforme a seqüência: 110-111; 150-152; 447-449; 188-<br />
190; 167-169; 188-190;141-144.<br />
Neste segmento, destacamos também o acréscimo <strong>da</strong> expressão "no máximo", que<br />
provocou a alteração no conteúdo informacional. Ou seja, o entrevistado afirmou que<br />
apenas um dos tijolos do universo analisado apresentou resistência de 0,5 megapascal,<br />
estando a maioria <strong>em</strong> torno de três megapascais, e acrescentou: "[...] num prédio o tijolo<br />
<strong>em</strong> geral não é um tijolo portante ... ele é de ve<strong>da</strong>ção [...] então nós chegamos à<br />
conclusão que esse tijolo nosso aqui ... que tá sendo usado como portante ... ele é só de<br />
ve<strong>da</strong>ção ... segundo as normas [...]". Isto significa dizer que não se está utilizando o tijolo<br />
apropriado a determina<strong>da</strong> finali<strong>da</strong>de. Mas, na matéria, o termo "no máximo" minimiza a<br />
utili<strong>da</strong>de do tijolo usado no Grande Recife, implicitando que o de ve<strong>da</strong>ção não é adequado<br />
"n<strong>em</strong> mesmo" para a divisória entre os cômodos.<br />
Outra operação que merece ser salienta<strong>da</strong> é a substituição <strong>da</strong> informação referente<br />
ao percentual <strong>da</strong>s construções <strong>em</strong> que são usados, como portantes, tijolos de ve<strong>da</strong>ção. De<br />
acordo com o pesquisador, esse tipo de tijolo é <strong>em</strong>pregado <strong>em</strong> setenta a oitenta por cento<br />
<strong>da</strong>s edificações. O texto jornalístico, por outro lado, informa que "os tijolos consumidos no<br />
Grande Recife" não apresentam resistência para sustentar as construções. Generalizações<br />
como esta são comuns aos textos jornalísticos e, <strong>em</strong> geral, objetivam causar mais impacto à<br />
notícia..<br />
Neste ex<strong>em</strong>plo, a reorganização <strong>da</strong> ord<strong>em</strong> <strong>da</strong>s informações e, também, a forma<br />
como o texto do entrevistado é parafraseado mostram mais uma vez as diferentes<br />
perspectivas entre as visões de mundo do pesquisador e do jornalista. Para este último,<br />
generalizações como a que acabamos de observar são estratégias que visam a chamar a<br />
atenção do leitor, enquanto que para o cientista são alterações significativas no conteúdo do<br />
seu trabalho.<br />
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