Texto completo em PDF - Museu da Vida
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supérfluas. Justifica-se a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> concisão pela escassez de espaço editorial nas<br />
publicações e, principalmente, pelo fato de o público não dispor de muito t<strong>em</strong>po para se<br />
dedicar à leitura de periódicos (cf. Martins,1990 e Folha de S. Paulo, 1984). 27<br />
Naturalmente, durante a re<strong>da</strong>ção do texto jornalístico, outras normas são observa<strong>da</strong>s<br />
pelos repórteres. Mencionamos apenas clareza, simplici<strong>da</strong>de e concisão por se tratar de<br />
regras que implicam alterações, tanto no que diz respeito às informações, quanto à estrutura<br />
sintática e à seleção lexical do(s) texto(s)-fonte. Diante do exposto, reiteramos a<br />
conveniência de, neste estudo, irmos além do nível informacional.<br />
2.4.2. Da fala para a escrita<br />
Já mencionamos que a retextualização analisa<strong>da</strong> nesta dissertação também encerra<br />
características <strong>da</strong> transformação fala-escrita. Torna-se imprescindível, portanto, conhecer<br />
algumas idéias a respeito <strong>da</strong> transposição do texto falado para o texto escrito. Os trabalhos<br />
realizados nessa linha dão-nos uma visão do que ocorre nesse tipo de transposição<br />
Cortelazzo (1985) analisou a variação existente entre o discurso oral de um<br />
parlamentar italiano com sua versão escrita (estenografa<strong>da</strong> por funcionários <strong>da</strong> Câmara dos<br />
Deputados). A partir <strong>da</strong> comparação entre os dois textos (monológicos) a autora identificou<br />
alterações que iam desde as mais superficiais, como as que apenas retiram as características<br />
<strong>da</strong> fala, até as mais significativas, que implicam a modificação do conteúdo do texto<br />
original. Mas a maioria <strong>da</strong>s transformações observa<strong>da</strong>s centrou-se na substituição de<br />
expressões coloquiais por termos técnicos e eliminação de el<strong>em</strong>entos que conotass<strong>em</strong><br />
desrespeito.<br />
27 Sob argumentos como estes os manuais de re<strong>da</strong>ção insist<strong>em</strong> na produção de textos curtos. Alguns chegam<br />
a propor tamanhos-padrão: 40 a 60 linhas de 75 toques (Diario de Pernambuco, 1991); 60 linhas de 70<br />
toques (Folha de S. Paulo, 1984); 20, 40 ou 60 linhas (Martins, 1990).<br />
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