Texto completo em PDF - Museu da Vida
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Os acréscimos compl<strong>em</strong>entam ou explicitam algumas informações. Na entrevista, o<br />
pesquisador diz apenas que está ligado ao Itep, s<strong>em</strong> explicar que tipo de ligação é esta. Um<br />
dos acréscimos dá a conhecer o significado <strong>da</strong> sigla Itep (Instituto de Tecnologia do Estado<br />
de Pernambuco), o outro, resultante de uma inferência que teve por base texto e contexto<br />
<strong>da</strong> entrevista, esclarece o tipo de ligação com o referido instituto ("a comunicação"). As<br />
substituições refer<strong>em</strong>-se ao uso <strong>da</strong> locução verbal "é feita" ao invés de "está ligado", e do<br />
conectivo "através" no lugar de "por".<br />
Estas operações deram condições à reordenação sintática. As linhas 268 e 269<br />
(entrevista II) contêm duas orações que apresentam a mesma informação: numa delas, o<br />
sujeito é "o Itep" ("[...] o itep também está ligado [...]"), na outra o sujeito é "a gente"<br />
("[...] a gente também está ligado no itep [...]"). A reordenação sintática utiliza<strong>da</strong> nesse<br />
trecho <strong>da</strong> entrevista resultou numa oração <strong>em</strong> que o sujeito é "A comunicação com o<br />
Instituto de Tecnologia do Estado de Pernambuco [...]".<br />
Observe-se agora como se dá a reordenação sintática no segmento (68).<br />
(68)<br />
<strong>Texto</strong> Jornalístico<br />
III (L. 39)<br />
Há Tens que são<br />
ligados<br />
diretamente na<br />
toma<strong>da</strong>, ou- tros<br />
são portáteis (a<br />
pilha).<br />
Nº <strong>da</strong><br />
Linha<br />
277<br />
283<br />
132<br />
<strong>Texto</strong>-Fonte<br />
(Entrevista III)<br />
C11 - é pra:tica ... é um aparelho com umas pilhazinhas que você usa <strong>em</strong> casa<br />
né? pode até botar e sair an<strong>da</strong>ndo com ele ... não t<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>a<br />
J3 - ele ele funciona a pilha [também? porque eu/ o que eu::<br />
C11 - [funciona a pilha também ... t<strong>em</strong> um que a gente<br />
chama de clínico ... que: a gente liga na parede ... é um volume muito grande<br />
para sair o outro é PEQUENININHO bota ... você bota no cinto... bota os<br />
eletrodos lá ... liga bota no cinto e pode sair com ele se quiser ... pode aplicar<br />
no trabalho ... onde você estiver<br />
Em (68), a reordenação <strong>da</strong> estrutura sintática dos enunciados produzidos na<br />
entrevista também exigiu o <strong>em</strong>prego de outras operações, como a eliminação de marcas<br />
características desse tipo de interação verbal (pergunta-resposta), eliminação informacional<br />
(o Tens que é ligado na parede é o clínico); acréscimo lexical e sintático (presente do<br />
indicativo do verbo haver) e substituição lexical ("parede" no lugar de "toma<strong>da</strong>", "pode até<br />
botar e sair an<strong>da</strong>ndo com ele [...] você bota no cinto ... bota os eletrodos lá ... liga no