Texto completo em PDF - Museu da Vida
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2.5. Macroestruturas Textuais<br />
Assim como as superestruturas são uma espécie de esqu<strong>em</strong>a ao qual o texto se<br />
a<strong>da</strong>pta, as macroestruturas faz<strong>em</strong> parte <strong>da</strong>s estruturas globais e refer<strong>em</strong>-se ao conteúdo ou<br />
tópico do texto. Van Dijk (1992) observa que t<strong>em</strong>a e esqu<strong>em</strong>a, ou macroestrutura e<br />
superestrutura, estão inter-relacionados, pois as superestruturas esqu<strong>em</strong>áticas organizam as<br />
macroestruturas t<strong>em</strong>áticas, <strong>da</strong> mesma forma que a sintaxe contribui para organizar o sentido<br />
de uma sentença. Vale frisar, no entanto, que as superestruturas realizam-se independente<br />
<strong>da</strong>(s) macroesturura(s) que a(s) preenche(m). Em outras palavras, um mesmo conteúdo<br />
pode estar presente <strong>em</strong> diversos esqu<strong>em</strong>as textuais, s<strong>em</strong> alterar a forma dos mesmos.<br />
A macroestrutura explica o que é mais relevante, importante ou pro<strong>em</strong>inente na<br />
informação s<strong>em</strong>ântica do discurso como um todo. Afirma Van Dijk (1992) que as<br />
macroestruturas li<strong>da</strong>m com sentido e referência e não, por ex<strong>em</strong>plo, com a forma sintática,<br />
mecanismos estilísticos ou retóricos. Em texto anterior, o mesmo autor (1989:142-3)<br />
assinala:<br />
"As superestruturas e as macroestruturas s<strong>em</strong>ânticas têm uma<br />
proprie<strong>da</strong>de comum: não se defin<strong>em</strong> com relação a orações ou<br />
seqüências ilha<strong>da</strong>s de um texto, mas para o texto <strong>em</strong> seu conjunto ou<br />
para determinados fragmentos deste. Esta é a razão pela qual falamos<br />
de estruturas globais, diferentes de estruturas locais ou microestruturas<br />
no nível <strong>da</strong>s orações" (grifos do autor).<br />
Para se obter a macroestrutura de um texto torna-se necessário, de acordo com Van<br />
Dijk (1989), a utilização de macrorregras de interpretação s<strong>em</strong>ântica, operações que<br />
selecionam, reduz<strong>em</strong>, generalizam e (re-)constró<strong>em</strong> proposições menores, mais gerais ou<br />
mais particulares. Significa dizer que essas macrorregras têm como função resumir<br />
informações.<br />
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