Texto completo em PDF - Museu da Vida
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Nº <strong>da</strong><br />
Linha<br />
44<br />
61<br />
(17)<br />
Trecho <strong>da</strong> Entrevista I<br />
C5 - (...) quando a gente aplicava uma carga nele:: de zero vírgula cinco megapascal<br />
J1 - o que é::: i::sso?<br />
C5 -[é::<br />
J1 - [megapascal?<br />
C5 - é é:: quilo por centímetro quadrado/ é:: que/ é:: ... quer dizer é ... megapascal ... nã/ bom<br />
na ver<strong>da</strong>de [megapascal<br />
J1 - [é mil vezes<br />
C5 - é newton por metro quadrado tá certo?<br />
J1 - newton é:: é peso na [ver<strong>da</strong>de<br />
C5 - [é:: e':<br />
J1 - é pe/ quilograma ve::zes a:: aceleração <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de né isso?<br />
C5 - é tá certo então ... é/ na ver<strong>da</strong>de o megapascal é::: equivalente a:: dez mil/ a:: um milhão<br />
de newton por megapascal ... tá certo? ( )<br />
J1 - um milhão de newton ... por centímetro [quadrado<br />
C5 - [por metro<br />
J1 - por metro?<br />
C5 - se quiser bota megapascal todo mundo entende ... já: já é uma uni<strong>da</strong>de:: hoje b<strong>em</strong><br />
divulga<strong>da</strong><br />
Este caso reflete a diversi<strong>da</strong>de de perspectivas do cientista e do jornalista. O<br />
primeiro, talvez tenha <strong>em</strong> mente um leitor <strong>da</strong> sua área de conhecimento. O repórter, por seu<br />
turno, pensa <strong>em</strong> um público mais amplo que, certamente, necessita de uma explicação<br />
simples, mas precisa. 39<br />
Cabe ao cientista tornar suas explicações as mais claras possíveis. Ao repórter,<br />
compete perguntar qualquer coisa que o ajude a entender o assunto, ou confirmar se<br />
compreendeu corretamente determina<strong>da</strong> informação. Nas entrevistas do nosso corpus,<br />
observamos diversas situações <strong>em</strong> que o jornalista sinaliza querer confirmar sua<br />
compreensão do tópico abor<strong>da</strong>do por meio de perguntas que, na reali<strong>da</strong>de são paráfrases de<br />
enunciados do entrevistado. Vejam-se os casos (18), (19) e (20).<br />
39 "[...] quando é indispensável <strong>em</strong>pregar vocabulário e expressões próprias de determina<strong>da</strong>s profissões,<br />
ativi<strong>da</strong>des, ramos de conhecimento etc, o repórter deve s<strong>em</strong>pre, <strong>em</strong> atenção ao leitor médio e não<br />
necessariamente especialista no t<strong>em</strong>a abor<strong>da</strong>do, explicar do que se trata. [...] O jornalista especializado t<strong>em</strong><br />
que estar atento à comunicação clara do que t<strong>em</strong> a dizer, explicando termos e expressões técnicas<br />
incompreensíveis ao leigo" (Manual de Normatização do Jornal do Commercio, s.d.: 11).<br />
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