18.06.2013 Views

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

se<strong>em</strong>ed a different place, so that woman became beautiful <strong>with</strong> the light on her<br />

face (Chevalier, 64).<br />

Griet não necessita de uma explicação mat<strong>em</strong>ática para compreender, como<br />

provavelmente teria precisado um hom<strong>em</strong>; a ela basta a intuição. Mas, não nos<br />

engan<strong>em</strong>os, também funciona a práxis menos dada ao sentimento nos momentos,<br />

s<strong>em</strong> <strong>em</strong>bargo, mais irracionais ou passionais:<br />

I stood against the wall and let Pieter kiss me. He was so eager that he bit my lips.<br />

I did not cry out – I liked away the salty blood and looked over his shoulder at the<br />

wet brick wall apposite as he pushed himself against me. A raindrop fell into my<br />

eye.<br />

I would not let him do all he wanted. After a time Pieter stepped back (129-130).<br />

Desde logo, fica muito difícil imaginar Pieter, ou qualquer outro hom<strong>em</strong>, fazendo<br />

s<strong>em</strong>elhantes cálculos no meio de um encontro sexual. E parece também muito<br />

difícil pensar na narração de um autor hom<strong>em</strong> reparando nessa perspectiva.<br />

Tal intimismo, e tal desejo de transmitir o psicológico como algo palpável,<br />

favorec<strong>em</strong> s<strong>em</strong> dúvida o modelo <strong>em</strong> primeira pessoa. Estaríamos, por um lado,<br />

ante um paradigma de narrador autodiegético e por outro, ante um enfoque interno<br />

fixo. Ambos, estes ingredientes, sãos os mais aptos para estabelecer a maior<br />

proximidade <strong>em</strong> uma narração:<br />

I crept into the vast place, feeling like a mouse hiding in a rich man’s house. It<br />

was cool and dim inside, the smooth round pillars reaching up, the ceiling so high<br />

above me it could almost be the sky (69).<br />

Quando observamos o ponto de vista no f<strong>em</strong>inino, nos figura muito reveladora a<br />

contraposição entre Griet e seu irmão Frans, o qual poderia definir-se, <strong>em</strong> um dos<br />

seus aspectos, como a oposição fantasia consciente/fantasia inconsciente. Desde o<br />

início, Griet é nos apresentada como um personag<strong>em</strong> apegado a realidade, incapaz<br />

de esquivar-se das suas responsabilidades, ainda que <strong>em</strong> algumas ocasiões, raras,<br />

é tomado por certos impulsos:<br />

As I waked down the hallway to the stairs I had the sudden desire to run out the<br />

door <strong>with</strong> the riches in my arms. I could go to the star in the middle of Market<br />

Square, choose a direction to follow, and never come back (136).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!