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Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

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conhecimento. Enquanto, publicitar as referências seria uma escolha inclusionária,<br />

que viabiliza o enriquecimento cultural. A inserção dos paratextos na<br />

intertextualidade, s<strong>em</strong> dúvida alguma, vêm responder à nossa opção pela segunda<br />

hipótese, que é mais um el<strong>em</strong>ento de mediação social e cultural ativado pela<br />

hipermídia tel<strong>em</strong>ática.<br />

Mas, então, mais uma vez se colocaria necessariamente a pergunta: por que não<br />

eleg<strong>em</strong>os um texto de metaficção, se estamos apontando para o efeito de real ou<br />

de verdade como el<strong>em</strong>entos tributários de uma corrente de pensamento da qual<br />

não somos partidários? O que viria a justificar essa eleição? Retomando<br />

Hutcheon e rel<strong>em</strong>brando Derrida, o que é interessante perceber é que os<br />

dispositivos não precisam deixar de ser usados, conforme aprend<strong>em</strong>os que a<br />

linguag<strong>em</strong> não pode deixar de ser usada: apenas dev<strong>em</strong> operacionalizados de um<br />

modo que chame a atenção sobre si mesma. E isto pode ser feito de muitas<br />

maneiras, sendo que, quanto mais sutilmente, talvez mais útil à explicitação da<br />

potência do estratag<strong>em</strong>a ilusionista. Nos vários ex<strong>em</strong>plos que Hutcheon analisa no<br />

decorrer do texto, lá estão os recursos representacionais. A diferença é que estão<br />

<strong>em</strong> diálogo intertextual com el<strong>em</strong>entos que os estillhaçam, que os desmontam ou<br />

denunciam. No entanto, essa intertexualidade n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é explícita ou indicada.<br />

Sua possibilidade ou não de intertextualização de intertextualização fica por conta<br />

da abrangência de informação prévia do leitor de acordo suas condições de<br />

socialização com o capital cultural artístico. Por que negaríamos, então, ao texto<br />

de Chevalier o diálogo intertextual com a informação digitalizada e distribuída na<br />

rede, com acessos facilmente percorríveis, se aceitamos pacificamente os textos<br />

literários aludidos nos ex<strong>em</strong>plos de metaficção histórica que Hutcheon analisa?.<br />

Primeiramente, vamos considerar que a análise realizada sobre o procedimento<br />

que leva ao efeito de real permite, à nossa operação de leitura metaliterária,<br />

explicitar um dispositivo que, por si mesmo, se encobre, sendo a inversão da<br />

operação de um dispositivo a primeira fase da estratégia da desconstrução. Isto

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