18.06.2013 Views

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

Diálogos Transdisciplinares em Girl with a Pearl Earring: a Arte ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

concreto, pela impossibilidade que t<strong>em</strong> a literatura de produzir os efeitos da<br />

pintura ou do cin<strong>em</strong>a. Mas assim não se negaria as identidades mais que as<br />

eqüivalências ou as influência? De qualquer maneira, para Chiarini:<br />

Afirmar decididamente la autonomía del cine no significa negar las influencias<br />

recíprocas entre las diversas artes, sino poner en guardia contra las confusiones<br />

[...] (Ibid<strong>em</strong>, 244).<br />

Praz, <strong>em</strong> um dos melhores trabalhos sobre a relação da literatura e as artes visuais<br />

que t<strong>em</strong>os nos referido, consegue salvas a dificuldade dessa diversidade de<br />

impressões sensíveis que suger<strong>em</strong> as artes, servindo-se do conceito de aesthetic<br />

m<strong>em</strong>ory, formulado por Antoni Russi, segundo a qual: “in every art,through<br />

m<strong>em</strong>ory, all the other arts contained” e produz “concomitant sensations” que não<br />

apreendidas pelos sentidos, mas oferecidas à consciência por meio da m<strong>em</strong>ória<br />

estética:<br />

The work of art its an allusive object: according to the various materials<br />

<strong>em</strong>ployed for expression, it appeals directly now to one side of the soul, now to<br />

another, and suggests, through m<strong>em</strong>ory, all its other aspects (qtd in Praz, 57-58).<br />

Praz pergunta-se então, si não é possível descobrir mais além dos distintos meios<br />

expressivos:<br />

[...] the same or similar structural tendencies are at work in a given period, in the<br />

manner in which people conceive or see or, better still, m<strong>em</strong>orize facts<br />

aesthetically […]” (Ibid<strong>em</strong>, 56). 26<br />

E seu método colocará <strong>em</strong> manifesto tanto o papel que até o final do século<br />

XVIII des<strong>em</strong>penhou a arquitetura <strong>em</strong> sua condição de guia de outras formas<br />

artísticas como a existência de linhas evolutivas paralelas no panorama estético de<br />

nosso século. 27<br />

26 Mario Praz criticando precisamente os paralelismos puramente t<strong>em</strong>áticos nos quais se fixa<br />

Hatzfeld <strong>em</strong> sua obra Literature through Art, A New Approach to French Literature (1952) pensa<br />

que só cabe “[...] to speak of coorespondences only where there are comparable expressive<br />

intentions and comparable poetics, accompanied by related technical media.”, cit. pág. 20.<br />

27 Para Wellek e Warren, ao contrário, as diversas artes “t<strong>em</strong> cada uma sua evolução particular,<br />

com um ritmo distinto e uma distinta estrutura interna de el<strong>em</strong>entos”. Guardam, s<strong>em</strong> dúvida,<br />

relações mútuas, mas estas “não são influências que part<strong>em</strong> de um ponto e determinam a evolução

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!