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Óptica Moderna Fundamentos e aplicações - Fotonica.ifsc.usp.br ...

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Uma visão histórica 5<<strong>br</strong> />

Christiaan Huygens (1629-1695), contemporâneo de Newton,<<strong>br</strong> />

inclinava-se para a interpretação ondulatória da natureza da luz. Esta<<strong>br</strong> />

concepção explicava certos fenômenos, como por exemplo, a interferência<<strong>br</strong> />

e a difração dos raios de luz. Ele estendeu a teoria ondulatória com a<<strong>br</strong> />

introdução do conceito das ondas secundárias (princípio de Huygens),<<strong>br</strong> />

com as quais deduziu as leis da reflexão e refração. Fez ainda várias<<strong>br</strong> />

outras contribuições importantes, como por exemplo, estabelecendo que a<<strong>br</strong> />

velocidade de propagação da luz variava inversamente com uma<<strong>br</strong> />

propriedade do material, denominada índice de refração (v ∝ 1/n). A dupla<<strong>br</strong> />

refração da calcita também foi descoberta por ele.<<strong>br</strong> />

Independente da natureza corpuscular ou ondulatória da luz, um<<strong>br</strong> />

dado importante a ser obtido era sua velocidade de propagação. Muitos<<strong>br</strong> />

acreditavam que ela se propagava instantaneamente, com velocidade<<strong>br</strong> />

infinita. Porém, em 1676, Dane Ole Christensen Römer (1644-1710)<<strong>br</strong> />

sugeriu a medida da velocidade da luz pela verificação do intervalo entre<<strong>br</strong> />

eclipses da lua Io, de Júpiter, que se move praticamente no mesmo plano<<strong>br</strong> />

que este planeta se move em torno do Sol. A realização destas medidas,<<strong>br</strong> />

baseadas no princípio mostrado na Fig. 1.2, demonstrou que embora<<strong>br</strong> />

muito grande, a velocidade da luz é finita. Observando-se o diâmetro<<strong>br</strong> />

aparente de Júpiter, era possível saber como a distância deste à Terra, r(t),<<strong>br</strong> />

mudava com o tempo. Como o intervalo entre duas eclipses consecutivas<<strong>br</strong> />

variava com o tempo, associou-se esta variação à velocidade de<<strong>br</strong> />

propagação finita da luz, de acordo com Δτ = Δr/c, de onde se obteve c ≈<<strong>br</strong> />

2.3x10 8 m/s.<<strong>br</strong> />

Io<<strong>br</strong> />

r (t)<<strong>br</strong> />

Órbita da Terra<<strong>br</strong> />

Órbita de Júpiter<<strong>br</strong> />

Fig. 1.2 - Medida da velocidade da luz realizada por Römer. As linhas<<strong>br</strong> />

pontilhadas definem o ângulo de visão de Júpiter por um observador<<strong>br</strong> />

na Terra.<<strong>br</strong> />

S. C. Zilio <strong>Óptica</strong> <strong>Moderna</strong> – <strong>Fundamentos</strong> e Aplicações

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