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Óptica Moderna Fundamentos e aplicações - Fotonica.ifsc.usp.br ...

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12 Uma visão histórica<<strong>br</strong> />

1.6 A relatividade restrita<<strong>br</strong> />

A observação da aberração estelar não poderia ser explicada pela<<strong>br</strong> />

postulação de um éter em repouso com relação à Terra. Os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos por Michelson e Morley eram contrários a esta possibilidade e a<<strong>br</strong> />

explicação de Fitzgerald–Lorentz não era convincente. Poder-se-ia admitir<<strong>br</strong> />

o caráter corpuscular da luz e o efeito da aberração estaria explicado.<<strong>br</strong> />

Entretanto, a teoria ondulatória já estava bem estabelecida e praticamente<<strong>br</strong> />

não foi questionada. Como explicar então o fenômeno da aberração<<strong>br</strong> />

estelar?<<strong>br</strong> />

Já em 1900, Jules Henri Poincaré (1854-1912), baseado no<<strong>br</strong> />

experimento de Michelson e Morley questionava a necessidade da<<strong>br</strong> />

existência do éter. Porém, apenas em 1905, quando Albert Einstein (1879-<<strong>br</strong> />

1955) introduziu a teoria da relatividade restrita, foi possível a explicação<<strong>br</strong> />

da aberração estelar sem a necessidade de se postular a existência do éter.<<strong>br</strong> />

Como veremos no Cap. 6, com dois postulados simples, as transformações<<strong>br</strong> />

de Lorentz, e o uso do produto escalar de quadrivetores, é fácil obter-se os<<strong>br</strong> />

efeitos Doppler longitudinal e transversal, bem como explicar os<<strong>br</strong> />

fenômeno de aberração estelar e da velocidade de arraste de Fizeau. Com<<strong>br</strong> />

isto chega-se à conclusão que a onda eletromagnética existe por si só, sem<<strong>br</strong> />

a necessidade de um meio para se propagar.<<strong>br</strong> />

Em 1905, Einstein também realizou seu famoso trabalho so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

efeito fotoelétrico, que lhe rendeu o prêmio Nobel de 1921. O<<strong>br</strong> />

desenvolvimento da relatividade restrita havia dispensado a necessidade<<strong>br</strong> />

do éter e favorecia o conceito ondulatório da luz. Paradoxalmente, no<<strong>br</strong> />

efeito fotoelétrico admitia-se a natureza corpuscular da luz, a mesma<<strong>br</strong> />

defendida por Newton. Atualmente, entende-se que a luz tem uma<<strong>br</strong> />

natureza dual porque, devido aos trabalhos de quantização do campo de<<strong>br</strong> />

radiação eletromagnética, mencionados na próxima seção, concluiu-se que<<strong>br</strong> />

as ondas eletromagnéticas são constituídas por partículas relativísticas,<<strong>br</strong> />

chamadas de fótons. Portanto, certos fenômenos, como interferência,<<strong>br</strong> />

podem ser descritos considerando-se o caráter ondulatório e outros<<strong>br</strong> />

fenômenos, como o efeito fotoelétrico, considerando-se o caráter de<<strong>br</strong> />

partícula.<<strong>br</strong> />

S. C. Zilio <strong>Óptica</strong> <strong>Moderna</strong> – <strong>Fundamentos</strong> e Aplicações

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