Óptica Moderna Fundamentos e aplicações - Fotonica.ifsc.usp.br ...
Óptica Moderna Fundamentos e aplicações - Fotonica.ifsc.usp.br ...
Óptica Moderna Fundamentos e aplicações - Fotonica.ifsc.usp.br ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Ondas eletromagnéticas 49<<strong>br</strong> />
fase, que é o argumento da função que descreve a onda, é um elemento<<strong>br</strong> />
fundamental no entendimento de vários fenômenos, como por exemplo, o<<strong>br</strong> />
da interferência de ondas.<<strong>br</strong> />
O argumento das funções dadas nas eq. (3.8a) e (3.8b) possui um<<strong>br</strong> />
termo descrevendo a variação espacial da onda, e outro, a temporal. De<<strong>br</strong> />
fato, não é algo simples a visualização conjunta das variações no espaço e<<strong>br</strong> />
no tempo, e a maneira mais funcional para analisar a fase é fazê-la<<strong>br</strong> />
separadamente. Para simplificar ainda mais a discussão, faremos uso das<<strong>br</strong> />
ondas harmônicas definidas nas eq. (3.9a) e (3.9b). Vamos somar 2π ao<<strong>br</strong> />
argumento da função, o que não altera o valor da amplitude do campo da<<strong>br</strong> />
onda, pois cos φ = cos (φ + 2π). Ao fazermos este incremento de fase, sua<<strong>br</strong> />
origem pode ser oriunda tanto da parte espacial quanto temporal, isto é, a<<strong>br</strong> />
variação pode ser no valor de z ou no de t.<<strong>br</strong> />
Tomemos inicialmente a variação de fase como sendo de origem<<strong>br</strong> />
temporal. Consideremos um dado instante de tempo t e que decorrido um<<strong>br</strong> />
intervalo de tempo T, a fase total se altera de 2π. Desta forma, temos:<<strong>br</strong> />
E = E o cos[<<strong>br</strong> />
kz ± ω(t<<strong>br</strong> />
+ T) ] = E ocos[<<strong>br</strong> />
kz ± ωt<<strong>br</strong> />
+ ωT]<<strong>br</strong> />
= E ocos[<<strong>br</strong> />
kz ± ωt<<strong>br</strong> />
+ 2π<<strong>br</strong> />
] . Neste<<strong>br</strong> />
caso, ωT = 2π, que nos leva a:<<strong>br</strong> />
2π<<strong>br</strong> />
ω = = 2π<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
(3.12)<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
O intervalo de tempo T para o qual a onda harmônica se repete é chamado<<strong>br</strong> />
de período temporal da onda. A eq. (3.12) define a relação que deve<<strong>br</strong> />
existir entre período, freqüência angular ω e freqüência f.<<strong>br</strong> />
Tomemos a seguir a variação de 2π na fase como sendo oriunda<<strong>br</strong> />
da parte espacial. Desta forma, consideramos a onda em um dado ponto z<<strong>br</strong> />
e, no mesmo instante, o ponto (z+λ), tal que este deslocamento espacial<<strong>br</strong> />
gere a variação de fase citada. Temos então que E = Eo<<strong>br</strong> />
cos [ k(z + λ) ± ωt]<<strong>br</strong> />
= Eo cos[<<strong>br</strong> />
kz±<<strong>br</strong> />
ωt<<strong>br</strong> />
+ kλ]<<strong>br</strong> />
= Eocos[<<strong>br</strong> />
kz±<<strong>br</strong> />
ωt<<strong>br</strong> />
+ 2π]<<strong>br</strong> />
. Disto vem que kλ = 2π e,<<strong>br</strong> />
consequentemente:<<strong>br</strong> />
π<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
λ<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
k (3.13)<<strong>br</strong> />
Portanto, chegamos à conclusão que existe um período espacial dado por<<strong>br</strong> />
λ, à semelhança do período temporal já discutido. A eq. (3.13) define a<<strong>br</strong> />
relação entre o módulo do vetor de propagação e este período espacial,<<strong>br</strong> />
S. C. Zilio <strong>Óptica</strong> <strong>Moderna</strong> – <strong>Fundamentos</strong> e Aplicações