Clique aqui para acessar o livro completo (em PDF) - Unifesp
Clique aqui para acessar o livro completo (em PDF) - Unifesp
Clique aqui para acessar o livro completo (em PDF) - Unifesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
I JORNADA DE ANTROPOMETRIA E SUAS BASES CONCEITUAIS<br />
101<br />
(continua)<br />
Peso/altura 2 94 3,9<br />
OMS<br />
2.725 a<br />
Altura/idade 15 84,2 0,8<br />
Peso/idade 5,9 92,1 2,1<br />
Peso/altura 1,9 92,7 5,4<br />
a Plausíveis <strong>para</strong> população de referência da WHO.<br />
4<br />
De acordo com a Tabela 1, pode-se dizer que a população estudada<br />
não apresenta situação preocupante do ponto de vista da desnutrição aguda.<br />
No entanto, deve-se atentar <strong>para</strong> o fato de que crianças com quadros<br />
agudos que se associam aos déficits de peso <strong>para</strong> estatura geralmente não<br />
participam dos inquéritos como o <strong>aqui</strong> realizado; permanec<strong>em</strong> <strong>em</strong> seus domicílios<br />
ou buscam assistência médica. É possível, portanto, que a desnutrição<br />
aguda esteja subestimada nesse estudo. Por sua vez, é evidente o quadro<br />
de retardo de desenvolvimento <strong>em</strong> razão da desnutrição crônica medida<br />
pelos déficits de altura/idade. Tal ocorrência torna-se ainda mais preocupante<br />
ao se atentar <strong>para</strong> o fato de que as crianças estudadas são as sobreviventes.<br />
Essas prevalências seriam ainda maiores se foss<strong>em</strong> considerados os<br />
vieses de sobrevivência a que estão sujeitos os estudos transversais. 5,6<br />
Com<strong>para</strong>ndo-se essa população à das crianças da amostra da Chamada<br />
Nutricional do S<strong>em</strong>iárido, nota-se que estão <strong>em</strong> situação um pouco<br />
mais desfavorável (Figura 1). Observa-se que as crianças quilombolas<br />
estão <strong>em</strong> situação s<strong>em</strong>elhante às do Nordeste urbano brasileiro de 1996,<br />
segundo dados da Pesquisa Nacional de D<strong>em</strong>ografia e Saúde (PNDS). 7<br />
Ainda na Tabela 1, que apresenta as prevalências de desvios nutricionais,<br />
vale ressaltar os excessos no índice peso/altura. Apesar de não<br />
ser o critério mais adequado <strong>para</strong> a classificação de obesidade da faixa<br />
etária estudada, as prevalências de aproximadamente 5% mostram quadro<br />
s<strong>em</strong>elhante aos encontrados <strong>em</strong> centros urbanos. Evidenciam que,<br />
também entre as crianças quilombolas, já coexist<strong>em</strong> o retardo de crescimento<br />
e os excessos de peso <strong>para</strong> a altura.