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32<br />

JORNADAS CIENTÍFICAS DO NISAN 2008/2009<br />

Todas essas características dos referenciais propostos pela OMS <strong>em</strong><br />

2006 e 2007 redundarão <strong>em</strong> alterações nas avaliações, especialmente<br />

de estado nutricional, das crianças e principalmente dos adolescentes.<br />

As modificações ocorridas nos valores limítrofes da curva certamente<br />

resultarão <strong>em</strong> uma maior sensibilidade <strong>para</strong> a detecção de situações de<br />

excesso de peso e, principalmente, de obesidade e de magreza (desnutrição)<br />

ao lado de uma maior especificidade, no caso dos menores de 5 anos,<br />

<strong>para</strong> detecção de baixa estatura.<br />

Embora essas características sejam bastante coerentes com a epid<strong>em</strong>ia<br />

de obesidade 18 e a importante redução da desnutrição que se observa<br />

atualmente no Brasil, é importante ter <strong>em</strong> mente que a adoção<br />

das novas curvas, já preconizada pelo Ministério da Saúde, resultará<br />

<strong>em</strong> duas importantes modificações. A primeira, no plano coletivo, será<br />

uma redução da prevalência de baixa estatura associada a um grande<br />

aumento na prevalência de sobrepeso e, principalmente, de obesidade.<br />

Isso significa que mudanças não desprezíveis dev<strong>em</strong> ocorrer nas políticas<br />

de atenção às crianças e aos adolescentes, de modo a absorver o aumento<br />

de d<strong>em</strong>anda decorrente da maior prevalência de casos com peso<br />

excessivo.<br />

A segunda, no plano individual, será o aumento de casos falsos-positivos<br />

<strong>para</strong> peso excessivo, consequência do aumento da sensibilidade,<br />

o que significa que os profissionais de saúde dev<strong>em</strong> ter mais cuidado na<br />

elaboração do diagnóstico nutricional. Os dados antropométricos nunca<br />

dev<strong>em</strong> ser valorizados <strong>em</strong> d<strong>em</strong>asia de maneira isolada, evitando, assim,<br />

a aposição excessiva de rótulos de “gordo” <strong>em</strong> indivíduos que pod<strong>em</strong><br />

ser normais e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, deixando de realizar intervenções<br />

desnecessárias que, além de seu custo, no mínimo, resultam s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong><br />

algum desconforto <strong>para</strong> o indivíduo.<br />

Por causa da grande variedade de parâmetros antropométricos<br />

propostos pelas novas curvas da OMS, não é impossível imaginar que<br />

outras distorções e consequências possam vir a ser observadas, o que,<br />

no entanto, só poderá ser detectado a partir de estudos realizados quando<br />

de sua utilização na rotina.

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