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116<br />

JORNADAS CIENTÍFICAS DO NISAN 2008/2009<br />

<strong>para</strong> o público adulto. 17 Nesse sentido, parece evidente que a presença<br />

da televisão no cotidiano das crianças brasileiras t<strong>em</strong> substituído experiências<br />

importantes <strong>para</strong> seu desenvolvimento, como o fortalecimento<br />

dos laços familiares e a criação de vínculos sociais. Portanto, visando à<br />

reversão de tal quadro, é imprescindível a criação de ações que estimul<strong>em</strong><br />

uma dieta equilibrada <strong>para</strong> toda a família, associada a brincadeiras<br />

e atividades físicas, com estratégias de lazer atraentes e prazerosas <strong>em</strong><br />

substituição à televisão, ao computador e ao consumo de dietas pouco<br />

saudáveis. 13,18,19<br />

As crianças brasileiras receb<strong>em</strong>, <strong>em</strong> média, R$ 28,60 de mesada, o<br />

que, no universo infantil brasileiro, significa R$ 69.237.069,00, a cada<br />

mês. O mercado infantil, no ano de 2004, movimentou 5 bilhões de reais<br />

com consumo de fast-food e, <strong>em</strong> 2006, o mercado publicitário infantil<br />

investiu, só <strong>em</strong> produtos infantis, 209,7 milhões de reais. Em recente<br />

pesquisa, ao ser<strong>em</strong> perguntadas <strong>em</strong> que mais gastam seu dinheiro, as<br />

guloseimas foram citadas por 73% das crianças entrevistadas, os salgadinhos<br />

por 47%, os sorvetes por 44% e as bebidas por 29%, ou seja, <strong>para</strong><br />

o público infantil, alimentos e bebidas têm maior apelo do que até mesmo<br />

os brinquedos. 20<br />

Para documentar a hipótese de que são prevalentes os erros alimentares<br />

desde a infância, realizou-se um estudo transversal com 270<br />

crianças que frequentavam berçários de creches públicas do município<br />

de São Paulo. Constatou-se que aproximadamente 67% dos pais ofereceram<br />

alimentos industrializados ainda no primeiro ano de vida, sendo<br />

que foram os filhos de mães com baixa escolaridade, mais jovens e<br />

com menor renda os mais suscetíveis aos erros alimentares. A Tabela 1<br />

apresenta o número e a frequência acumulada (%) das crianças estudadas,<br />

segundo faixa etária de introdução dos alimentos industrializados<br />

e de consumo tradicional. Fica evidente que cerca de 3 <strong>em</strong> cada 4 crianças,<br />

ao completar<strong>em</strong> 12 meses, já haviam consumido todos os tipos de<br />

alimentos considerados. 21 Contudo, o consumo precoce desses alimentos<br />

contraria as normas do Ministério da Saúde. 22

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