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I JORNADA DE ANTROPOMETRIA E SUAS BASES CONCEITUAIS<br />

47<br />

contribuindo <strong>para</strong> superestimar a desnutrição nas gestantes e estimular um<br />

aumento de peso maior que o necessário. Como consequência, isso determinaria<br />

maior gasto do setor de saúde com maior número de consultas e<br />

inscrições <strong>em</strong> programas de supl<strong>em</strong>entação alimentar.<br />

Esses mesmos autores, então, realizaram um estudo <strong>para</strong> avaliar a<br />

concordância de diagnóstico nutricional obtido entre a Curva de Rosso,<br />

a tabela do Departamento de Nutrição da Faculdade de Medicina do<br />

Chile e o IMC no início e no fim da gestação. Verificaram que menos<br />

da metade das gestantes consideradas desnutridas pela Curva de Rosso<br />

na primeira consulta do pré-natal era realmente desnutrida segundo o<br />

IMC, e essa discordância se acentuou ainda mais no final da gravidez. 9<br />

Segundo a OMS 7 , o instrumento proposto por Rosso 16 t<strong>em</strong> validade<br />

discutível, <strong>em</strong> razão do ponto de corte que superestima a desnutrição<br />

entre as gestantes e propõe expectativa não realista de ganho de peso<br />

<strong>para</strong> as gestantes desnutridas.<br />

De acordo com Coelho 11 , o uso extensivo da Curva de Rosso no<br />

Brasil mostrou uma discordância <strong>em</strong> termos epid<strong>em</strong>iológicos entre a situação<br />

nutricional de gestantes e o estado nutricional de mulheres <strong>em</strong><br />

idade reprodutiva, avaliadas por IMC, considerando desnutridas de 35 a<br />

45% das gestantes e 6% das mulheres <strong>em</strong> idade fértil.<br />

Atalah et al. 9 propuseram um novo gráfico de avaliação do estado nutricional<br />

da gestante baseando-se no IMC por idade gestacional, considerando<br />

que o ganho de peso deve ser diferenciado de acordo com o estado<br />

nutricional prévio. Estudo <strong>para</strong> validação do instrumento foi realizado <strong>em</strong><br />

uma coorte de gestantes chilenas, com<strong>para</strong>ndo resultados de IMC com medidas<br />

de composição corporal como pregas cutâneas e perímetro br<strong>aqui</strong>al.<br />

No Brasil, até 2000, o Ministério da Saúde preconizava a utilização da<br />

Curva de Rosso. Nesse mesmo ano, houve reformulação no Cartão da Gestante<br />

e incorporou-se ao Manual de Assistência Pré-natal o modelo da curva<br />

de Clap 35 , que avalia aumento de peso durante a gestação de acordo com<br />

a idade gestacional. 12 Isso resultou <strong>em</strong> controvérsias por parte dos estudiosos,<br />

<strong>em</strong> virtude da pequena casuística do método, de fundamentar-se <strong>em</strong>

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