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I JORNADA DE ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA...<br />

215<br />

d<strong>em</strong>ocratização do planejamento e da gestão, incluindo os “leigos” historicamente<br />

excluídos desses processos. Como locais de construção coletiva<br />

e de poder partilhado, os conselhos de escola dev<strong>em</strong> ser fortalecidos,<br />

valorizando-se a cidadania ativa <strong>em</strong> oposição às relações de consumo. A<br />

participação é entendida, assim, como forma de conquista de poder e,<br />

por meio dele, de direitos. 26 Essa participação possibilita a consolidação<br />

do trabalho voltado <strong>para</strong> a promoção da saúde, pela apropriação do processo<br />

pelos conselhos e por cada um dos segmentos envolvidos.<br />

A implantação de políticas intersetoriais e participativas requer decisões<br />

políticas e envolve mudanças nas estruturas de poder, assim como<br />

o enfrentamento de contradições e restrições de vários tipos. No caso da<br />

saúde escolar, observa-se a convivência do modelo antigo – higienista e assistencialista<br />

– com novas propostas, mais próximas dos princípios da promoção<br />

da saúde <strong>em</strong> seus aspectos transformadores. Assim, a ex<strong>em</strong>plo de<br />

Valadão 27 , observa-se que a saúde escolar, ao mesmo t<strong>em</strong>po que serve <strong>para</strong><br />

estabelecimento de “práticas compensatórias da inexistência de serviços<br />

de saúde, da iniquidade e da falta de acesso à cidadania”, permite vislumbrar<br />

oportunidades <strong>para</strong> o fortalecimento de políticas públicas e da construção<br />

de projetos com real impacto na qualidade de vida. Como l<strong>em</strong>bra a<br />

mesma autora, “é precisamente a valorização de suas especificidades que<br />

faz das instituições de educação e de saúde parceiras privilegiadas.” Por<br />

isso, afirma que a política <strong>para</strong> promoção da saúde na escola deve sustentar-se<br />

menos na inflexibilidade das normas e mais na exigência de conexão<br />

entre as normas e o compromisso de transformação social; apresentar-se<br />

como uma estratégia, entre outras, <strong>para</strong> qualificar a escola na recomposição<br />

de sua identidade política e pedagógica, visando a tornar mais saudáveis<br />

e solidárias as experiências de conviver e aprender cidadania.<br />

Faz-se necessário, portanto, superar a visão da escola e da comunidade<br />

escolar como objetos, combatendo a transformação da escola <strong>em</strong><br />

mero local de assistência social. A participação da escola na rede de proteção<br />

social só pode se efetivar por meio do respeito à especificidade da<br />

educação e às tarefas primordiais da escola. No dizer de Silva 28 :

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