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II JORNADA DE PROPAGANDA DE ALIMENTOS E OBESIDADE...<br />
147<br />
criança está <strong>em</strong> plena construção de valores sobre o mundo, o que a torna<br />
mais influenciável e, portanto, a publicidade de produtos <strong>para</strong> crianças<br />
t<strong>em</strong> maior chance de ser uma opinião dominante.<br />
MÍDIA E IDEOLOGIA<br />
Até o desenvolvimento da mídia (impressa e eletrônica), a publicidade<br />
de um indivíduo ou de um t<strong>em</strong>a era ligada ao compartilhamento de um<br />
lugar comum; afinal, ela dependia da presença física do receptor, uma<br />
vez que era realizada essencialmente por meio da interação face a face.<br />
Para que se pudesse tornar pública uma ideia – algum tipo de ideal político,<br />
por ex<strong>em</strong>plo –, era preciso ter à volta pessoas capazes e dispostas<br />
a escutar o que se tinha a dizer. Diante disso, seu caráter era essencialmente<br />
dialógico, com os indivíduos falando ou representado uns diante<br />
dos outros, argumentando e participando ativamente do debate acerca<br />
do t<strong>em</strong>a discutido.<br />
Após o desenvolvimento dos meios de comunicação, novas formas<br />
de publicidade foram criadas além da copresencial. Ações e eventos passaram<br />
a se tornar públicos pela gravação e transmissão distantes do t<strong>em</strong>po e<br />
do espaço de suas ocorrências, o que se deu, sobretudo, com o surgimento<br />
das comunicações eletrônicas. Com o advento da televisão, por ex<strong>em</strong>plo,<br />
passou-se a ter acesso à imag<strong>em</strong> audiovisual daquele jogo de futebol<br />
que não se pode ver ao vivo. Essas novas formas de publicidade, evident<strong>em</strong>ente,<br />
não substituíram por <strong>completo</strong> a tradicional, já que ainda exist<strong>em</strong><br />
encontros públicos, d<strong>em</strong>onstrações de massa, etc. No entanto, de qualquer<br />
modo, ela passou a ser uma das mais importantes formas de publicidade<br />
atuais – publicidade que t<strong>em</strong> características um pouco distintas da<br />
tradicional. Em primeiro lugar, porque ela é menos dialógica. A possibilidade<br />
de o receptor intervir na programação televisiva, por ex<strong>em</strong>plo, é muito<br />
menor do que <strong>em</strong> um diálogo. Em segundo lugar, porque as ações e os<br />
eventos publicizados – sobretudo pela televisão – são visíveis <strong>para</strong> um número<br />
muito maior de pessoas. E, <strong>em</strong> terceiro lugar, porque fenômenos que<br />
ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> contextos muito distantes passaram a também ser visíveis. Em