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140<br />

JORNADAS CIENTÍFICAS DO NISAN 2008/2009<br />

Cabe <strong>aqui</strong> uma advertência: a legitimidade de tal instituição junto<br />

aos agentes do campo pode autorizá-la a regulamentar relações e julgar<br />

conflitos entre esses agentes – questões internas, portanto. Todavia,<br />

as questões éticas mais graves envolvendo a prática publicitária não diz<strong>em</strong><br />

respeito a eventuais conflitos entre publicitários, porque a publicidade<br />

é a mensag<strong>em</strong> que atinge toda a sociedade. É com o corpo social<br />

global que o publicitário se relaciona prioritariamente; por isso, deixar<br />

aos publicitários a prerrogativa da decisão sobre os limites de sua própria<br />

atuação – na relação que mantêm com a sociedade como um todo –<br />

é desrespeitar o princípio da terceridade da justiça; é entregar as chaves<br />

do galinheiro à raposa; é presumir altruísmo e abnegação incompatíveis<br />

com o mundo da técnica, com a lógica do capital e com os rigores da<br />

competição no mercado <strong>para</strong> o qual trabalham. 2<br />

Este capítulo destaca alguns aportes científicos, apresentados no<br />

campo da comunicação, sobre os efeitos sociais da mídia – aportes que<br />

pretend<strong>em</strong> oferecer fundamento científico às reflexões sobre a eventual<br />

pertinência de um controle ou de regulamentação da atividade publicitária.<br />

RESPONSABILIDADE DA MÍDIA SOBRE O AGENDAMENTO<br />

Os meios de comunicação ag<strong>em</strong> sobre a sociedade, e o leitor sabe disso.<br />

O senso comum não se cansa de denunciar. As pessoas repet<strong>em</strong> expressões<br />

apreendidas da fala de alguma personag<strong>em</strong>, compram coisas sugeridas<br />

pela publicidade, discut<strong>em</strong> fatos noticiados pelo jornalismo, gastam<br />

t<strong>em</strong>po e energia <strong>para</strong> fundamentar suas opções de “paredão” <strong>em</strong><br />

reality shows e assim por diante.<br />

Ora, no momento de refletir sobre a mídia, nada mais normal que se parta<br />

do caso que se conhece melhor: o seu próprio. Seu apreço por Ana Maria<br />

Braga, Luciana Gimenez, Gugu, Chico Lang, Faustão, Galvão Bueno, Pedro Bial<br />

e outros ícones da telinha. Além da própria experiência, percebe-se que outras<br />

pessoas, com qu<strong>em</strong> se interage, fizeram o mesmo, acompanharam a mesma<br />

transmissão, os mesmos programas e as mesmas publicidades e, portanto,<br />

encontram-se aptas a conversar a respeito do mesmo cardápio t<strong>em</strong>ático.

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