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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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RELIGIÃO, ELEMENTO FUNDAMENTAL NA IDENTIDADE DO GRUPO DOS ALUNOS DO COLÉGIO ISLÂMICO DE<br />

PALMELA<br />

___________________________________________________________________________________________________________________<br />

indivíduos<br />

do mesmo sexo e são leccionadas por professores do sexo correspondente ao da<br />

turma. Os recreios e os refeitórios são feitos separadamente.<br />

A análise efectuada à separação de género é pouco relevante<br />

para os alunos, porém os<br />

pais destes jovens não são igualmente objecto do mesmo tipo de opiniões:<br />

“Gostaria de sugerir que os intervalos voltass<strong>em</strong> a ser conjuntamente<br />

partilhados por<br />

rapazes e raparigas. Na nossa sociedade, fora do colégio, nas aulas, rapazes e raparigas<br />

estão<br />

juntos. Por isso, não compreendo a separação nos t<strong>em</strong>pos livres entre as aulas.”<br />

E ainda:<br />

“A única coisa que gostaria de mencionar s<strong>em</strong> ir contra as regras do colégio é o facto<br />

dos alunos e alunas não fazer<strong>em</strong> educação física juntos<br />

e não fazer<strong>em</strong> as refeições no mesmo<br />

espaço, independent<strong>em</strong>ente de ser um motivo cultural e religioso, acho que partilhar<strong>em</strong> essas<br />

actividades, etc., só lhes faria b<strong>em</strong>.”<br />

A separação de género foi-nos<br />

justificada pela drª Hana Mateus:<br />

“Da parte da manhã [as turmas] são mistas, e da parte de tarde, as<br />

aulas de religião, a<br />

partir<br />

da puberdade, os rapazes têm aulas separadas das raparigas. A criança t<strong>em</strong> várias<br />

etapas de crescimento, não pod<strong>em</strong>os passar por cima de uma dessas etapas. É o que acontece<br />

lá fora. O “queimar” de uma etapa reflecte-se<br />

na criança mais tarde, na sua maneira de<br />

estar.<br />

De ver as coisas…de agir <strong>em</strong> tudo…é o que tentamos evitar no nosso colégio…”<br />

No caso particular do nosso estudo, interessou-nos o abordar do uso do hijab.<br />

“…que cubram o colo com seus véus e não<br />

mostr<strong>em</strong> os seus atractivos, …” (Alcorão:<br />

24:31)<br />

Este é um dos versículos do Alcorão, que refere ao uso da jalab e do hijab, pelas<br />

mulheres. Deste<br />

modo a mulher muçulmana deve obedecer ao prescrito pela religião, além da<br />

jalab, deve usar véus (hijab) que lhes cobrirão os cabelos, ele é o símbolo da modéstia que<br />

cobre<br />

uma muçulmana. “Ele faz parte da identidade e da cultura do Islão” como mencionou<br />

um progenitor de um aluno (questionário). Esta peça faz parte do vestuário f<strong>em</strong>inino num<br />

contexto islâmico, que começa na puberdade. A influência da cultura ocidental nas vivências<br />

destes jovens torna difícil o uso do hijab tanto no colégio como num outro espaço:<br />

UNIVERSIDADE ABERTA DISSERTAÇÃO 154

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