mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta
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Eles são obrigados a seguir regras, de saber estar numa aula têm que saber pensar…Eles faz<strong>em</strong><br />
testes, trabalhos de grupo, faz<strong>em</strong> visitas de estudo, s<strong>em</strong>pre de carácter pedagógico (têm que ter<br />
uma ligação directa com os conteúdos). Este ano, estamos a tentar fazer as nossas visitas de<br />
estudo com uma ligação directa com o nosso projecto pedagógico, com o projecto curricular de<br />
cada turma. Então eles são s<strong>em</strong>pre orientados para essas visitas ou a vinda ao colégio de<br />
personalidades para falar<strong>em</strong> de diferentes t<strong>em</strong>as que tenham a ver com algo ligado aos conteúdos,<br />
para abrir horizontes. Veio cá um senhor, americano do meio cultural para falar de<br />
multiculturalismo e eles adoraram.<br />
Mas no recreio, lá fora, sab<strong>em</strong> que não pod<strong>em</strong> deixar papéis no chão. Se os deixar<strong>em</strong> cair sab<strong>em</strong><br />
que têm de apanhá-los. Os funcionários auxiliares que estão no recreio não têm nada que andar a<br />
apanhar papéis. Os meninos sab<strong>em</strong> que têm que os pôr no caixote do lixo. Se os deitar<strong>em</strong> para o<br />
chão são responsabilizados por isso e qu<strong>em</strong> o fez irá apanhar todos os papéis que possam estar no<br />
chão. Os castigos que damos são de carácter cívico, para eles poder<strong>em</strong> perceber o que dev<strong>em</strong> ou<br />
não fazer, o comportamento com os colegas a qu<strong>em</strong> têm de respeitar e o “ obrigado”, “ se faz<br />
favor”, são frases que têm que estar no vocabulário diário e constante, não é só de vez <strong>em</strong><br />
quando. São os princípios básicos dos valores que as pessoas esquec<strong>em</strong> e que faz<strong>em</strong> a diferença.<br />
Dev<strong>em</strong> saber quando erram. Eles são ensinados a reconhecer se erram, têm que saber pedir<br />
desculpa, saber ser humildes. Nós professores também, se erramos perante uma turma t<strong>em</strong>os que<br />
pedir desculpa perante a turma porque errámos. Todos t<strong>em</strong>os que ter este comportamento. Não<br />
t<strong>em</strong>os probl<strong>em</strong>as disciplinares. Os probl<strong>em</strong>as que exist<strong>em</strong> aqui, lá fora não seriam considerados,<br />
passariam despercebidos mas nós a todos os erros que eles comet<strong>em</strong> pedimos que escrevam o que<br />
se passou e peçam desculpa a qu<strong>em</strong> foi prejudicado, com qu<strong>em</strong> se portaram mal, ou se<br />
infringiram as regras do colégio, se falaram mais alto que o professor para nós já é uma falta de<br />
respeito, dev<strong>em</strong> ter cuidado ao falar; Então pedimos que escrevam a explicar o motivo daquele<br />
comportamento e a pedir desculpa ao professor. Nunca tiv<strong>em</strong>os casos críticos no nosso Colégio.<br />
Se isso acontecer o nosso regulamento estipula as sanções que se pod<strong>em</strong> aplicar, será uma carta<br />
de repreensão. Com 3 destas cartas o aluno é expulso. Mas nunca houve n<strong>em</strong> uma destas cartas.<br />
Se por ex<strong>em</strong>plo, uma criança magoa outra de propósito haverá uma carta de repreensão. Fala-se<br />
com a criança (não esquecendo a parte pedagógica) n<strong>em</strong> que seja uma hora ou mais ele percebe<br />
até ele perceber que errou e onde errou e que ao agredir o colega perde de imediato a razão e o<br />
respeito que se deveria ter por ele. Aplicamos outros castigos que poderão ser considerados antipedagógicos<br />
como por ex<strong>em</strong>plo : um dia s<strong>em</strong> intervalo (antes desta sanção t<strong>em</strong>os o cuidado de<br />
falar com o aluno para que isso não aconteça mais). São castigos de carácter cívico. Os pais<br />
reag<strong>em</strong> b<strong>em</strong>, eles são os primeiros a dizer que os filhos estão aqui, vocês é que têm que os<br />
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