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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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om para todos”.Se houver jovens metidos na droga a percentag<strong>em</strong> é muito reduzida,<br />

que Deus me perdoe, mas eu arriscava dizer que se pod<strong>em</strong> contar pelos dedos .<br />

O comportamento das crianças<br />

Logo de início, deixamos as coisas claras, com os pais. Aqui as crianças não são<br />

santas, somos todos iguais, t<strong>em</strong>os virtudes e t<strong>em</strong>os os nossos defeitos. O professor é o<br />

professor, o aluno é o aluno. O professor t<strong>em</strong> o seu direito de actuação, o aluno t<strong>em</strong> o<br />

seu limite, mas ambas as partes têm que se respeitar mutuamente. O ser professor, hoje<br />

<strong>em</strong> dia, não é ser um ditador, mas o professor t<strong>em</strong> que ter autoridade. O aluno também<br />

não t<strong>em</strong> que ser inferiorizado, mas t<strong>em</strong> que saber respeitar qu<strong>em</strong> é mais velho. À<br />

partida, é uma mensag<strong>em</strong> que os pais aceitam e com a qual concordam, caso contrário é<br />

difícil os pais colocar<strong>em</strong> cá as crianças. Se é para e inverter as situações, isto é, entre<br />

aspas,” o professor ser obediente ao aluno”, é difícil continuar a escolaridade. Tentamos<br />

logo à partida, pôr o respeito como prioridade <strong>em</strong> relação a tudo o resto. O ensino não é<br />

fechado. No ensino escolar as directoras pedagógicas têm o direito de agir <strong>em</strong><br />

conformidade com o ensino oficial. Falam <strong>em</strong> todas as tradições, na época do Natal…<br />

Não sei se reparou numa árvore, que está à entrada …fizeram o magusto, falaram do<br />

Natal, faz<strong>em</strong>os questão de trabalhar como “ uma instituição estatal”. A única diferença é<br />

a parte religiosa. Depois das aulas de religião as crianças regressam a casa. Quando<br />

chegam a casa viv<strong>em</strong> e conviv<strong>em</strong> com o meio onde estão integradas. Há os vizinhos, a<br />

sua maioria, não são muçulmanos. Por ex<strong>em</strong>plo, no Laranjeiro, as crianças que andam<br />

noutra escola, de outro meio, de outra religião, brincam com as crianças muçulmanas,<br />

jogam à bola, como ex<strong>em</strong>plo. Há essa junção de crianças.<br />

Este multiculturalismo leva-as a integrar<strong>em</strong>-se com crianças que não são<br />

muçulmanas, daí não corr<strong>em</strong>os o risco de haver mundos diferentes. Conforme entram<br />

crianças no colégio, também sa<strong>em</strong>. O que nós tentamos ensinar e incutir nas crianças<br />

são os valores e comportamentos correctos. Tentamos dar a entender que há<br />

comportamentos correctos que dev<strong>em</strong> seguir e há os incorrectos que dev<strong>em</strong> evitar. É o<br />

que comunicamos tanto aos rapazes como às meninas. Esta é a mensag<strong>em</strong> que eles<br />

levam. Com este ensino religioso que damos tentamos s<strong>em</strong>pre passar-lhes esta<br />

mensag<strong>em</strong>: pod<strong>em</strong> optar por uma carreira religiosa e não abdicar de uma carreira<br />

profissional, por ex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong>os cá um colaborador, que tirou <strong>em</strong> Inglaterra um curso<br />

religioso de estudo islâmico e está cá a tirar o curso de economia na universidade<br />

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