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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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RELIGIÃO, ELEMENTO FUNDAMENTAL NA IDENTIDADE DO GRUPO DOS ALUNOS DO COLÉGIO ISLÂMICO DE<br />

PALMELA<br />

___________________________________________________________________________________________________________________<br />

O grupo t<strong>em</strong> formas de influenciar o indivíduo, através da liderança, sugestão, facilitação<br />

social e acomodação (a pressão exercida no indivíduo, de modo a que este aceite as ideias e<br />

comportamentos definidos pelo grupo).<br />

A própria natureza humana faz com que os indivíduos se agrup<strong>em</strong>. Estar no grupo é uma<br />

condição permanente do indivíduo e é praticamente impossível pensar nele de maneira não<br />

social, como refere Barreiros “ O hom<strong>em</strong> constrói-se <strong>em</strong> sociedade no contacto e no<br />

relacionamento com os outros.” (1996:39).<br />

O indivíduo integra-se no grupo social, como m<strong>em</strong>bro, s<strong>em</strong> que seja absorvido pelo<br />

grupo, ele mantém a sua individualidade, Barreiros considera:”O grupo é uma necessidade<br />

individual e social” (1996:39). O indivíduo ao longo da sua vida participa e pertence a uma<br />

multiplicidade de grupos sociais que se interpenetram, como é o caso da família, da escola, da<br />

religião, da profissão, do lazer, da política. Esses grupos poderão ser duradouros (a família, a<br />

religião) ou efémeros (aqueles que se formam <strong>em</strong> função da situação social e do processo de<br />

identificação dos seus m<strong>em</strong>bros).<br />

Pod<strong>em</strong>os caracterizar um grupo pela pluralidade de indivíduos (há s<strong>em</strong>pre mais de um<br />

indivíduo no grupo), pela sua interacção social (a comunicação com os outros), pela<br />

organização (necessidade de uma ord<strong>em</strong> interna), pela objectividade e exterioridade (quando<br />

um sujeito entra num grupo ele já existe e se sair ele continua a existir) e pelo conteúdo<br />

intencional (os indivíduos un<strong>em</strong>-se com base nos valores) (Jesuíno, J., 2004:299-300).<br />

Ao conceito isolado do “eu” ou do “nós”, contrapõe-se o conceito colectivo do “nós”.<br />

Deste modo o grupo manifesta-se tanto a nível social como individual, no seu funcionamento<br />

interno. Tajfel refere:<br />

”um componente cognitivo no sentido <strong>em</strong> que se sabe que se pertence a um grupo (…), um componente<br />

<strong>em</strong>ocional no sentido <strong>em</strong> que os aspectos cognitivo e avaliativo do grupo e da pertença a ele pod<strong>em</strong> ser<br />

acompanhadas de <strong>em</strong>oções (…) dirigidas para um grupo próprio e para outros com os quais t<strong>em</strong> certas<br />

<strong>relações</strong>” (1981:261).<br />

O grupo também está agregado a uma função t<strong>em</strong>poral <strong>em</strong> termos do passado, presente e<br />

futuro, a sua história t<strong>em</strong> deste modo uma dualidade sócio/pessoal, “reaprende e recria a<br />

cultura e civilização dos seus antepassados”. (Barreiros, 1996:39).<br />

UNIVERSIDADE ABERTA DISSERTAÇÃO 60

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