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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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RELIGIÃO, ELEMENTO FUNDAMENTAL NA IDENTIDADE DO GRUPO DOS ALUNOS DO COLÉGIO ISLÂMICO DE<br />

PALMELA<br />

___________________________________________________________________________________________________________________<br />

Leyens salienta “ ser social é ter identidade pessoal através de uma pertença a um grupo<br />

de referência. A identidade, aliás, só pode conceber-se através dessa pertença” (1979:27). A<br />

identidade pessoal resulta de uma continuidade da experiência do “self” e das identificações e<br />

dos modelos propostos pelos grupos primários a que pertence. Deste modo a identificação é<br />

recíproca: o grupo reconhece o indivíduo como m<strong>em</strong>bro e o indivíduo reconhece-se nos<br />

modelos e protótipos da comunidade.<br />

2.2.2. Identidade Social<br />

No domínio da Psicologia Social, Tajfel (1981) * fez a distinção entre identidade pessoal<br />

e identidade social, sendo a primeira, um conjunto de termos idiossincráticos, que nos<br />

defin<strong>em</strong> e a segunda o resultado da nossa pertença a vários grupos.<br />

Para L’Ecuyer, a identidade pessoal mantém o conjunto de representações, sentimentos,<br />

l<strong>em</strong>branças e projectos ligados ao “eu”, enquanto a identidade social é “o conhecimento ou a<br />

consciência de pertencer a certos grupos sociais” (1978:61), podendo ser compreendida à<br />

escala de um grupo, religião, profissão, nação e até de uma cultura.<br />

Segundo os autores citados, a identidade social de um sujeito, resulta do conhecimento<br />

que ele t<strong>em</strong> de pertença a um certo grupo social. Desta forma diferenciais de valor, pod<strong>em</strong><br />

contribuir positivamente ou negativamente, para uma auto – imag<strong>em</strong> dos indivíduos.<br />

________________________________________________________________________<br />

*Teoria da Identidade Social -teoria que inicialmente foi elaborada por Tajfel e depois houve uma reformulação de Turner, na década de<br />

1970, esta teoria postula que o individuo procura aceder a, ou manter, uma identidade social (isto é, a parte do conceito de si que decorre das<br />

suas pertenças categoriais positivas). Para tal, o indivíduo pode adoptar diversas estratégias de comportamento, cuja escolha é determinada<br />

pelas suas crenças relativas à natureza das <strong>relações</strong> entre o seu grupo e os outros. Nomeadamente, se ele pensa que as fronteiras entre grupos<br />

são permeáveis, optará por uma estratégia individual de mobilidade social. Se as fronteiras entre os grupos são percebidas como<br />

impermeáveis, o indivíduo <strong>em</strong>penhar-se-á <strong>em</strong> estratégias colectivas de mudança social. Neste caso, o tipo de estratégia utilizada dependerá<br />

da legitimidade e da estabilidade percebida nas <strong>relações</strong> entre o endogrupo e o exogrupo. A teoria da identidade social e a teoria da<br />

autocategorização, posteriormente formulada permit<strong>em</strong> dar conta de um grande número de fenómenos intra- grupais (coesão, conformismo,<br />

rejeição dos desviantes) e inter-grupos (discriminação, favoritismo intra-grupo, formação de estereótipos) ( in Dicionário de<br />

Psicologia,2001: 399)<br />

UNIVERSIDADE ABERTA DISSERTAÇÃO 70

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