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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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RELIGIÃO, ELEMENTO FUNDAMENTAL NA IDENTIDADE DO GRUPO DOS ALUNOS DO COLÉGIO ISLÂMICO DE<br />

PALMELA<br />

___________________________________________________________________________________________________________________<br />

• Em relação à identidade, os m<strong>em</strong>bros desse grupo, que durante um significativo período de t<strong>em</strong>po,<br />

viv<strong>em</strong> uma experiência de interacções alongadas, têm tendência a desenvolver valores comuns, que se<br />

estabelec<strong>em</strong> na regulamentação das <strong>relações</strong> e também no significado dos seus papéis.<br />

• Relativamente à coesão, há cinco factores que produz<strong>em</strong> coesão grupal – atracção dos m<strong>em</strong>bros entre<br />

eles como indivíduos (Davis, 1969); avaliação de cada m<strong>em</strong>bro pelo grupo como uma fonte de<br />

identidade social (Tajfel, 1978); valores e objectivos comuns partilhados (Davis, 1969; Schachter,<br />

Ellertson, McBridge, e Gregory, 1951); sucesso na obtenção de objectivos ou no progresso <strong>em</strong> relação<br />

a eles; e ameaça comum de um inimigo exterior (Shaw, 1981;Steiner,1972) ” (Neto, 2000:525)<br />

Consequent<strong>em</strong>ente coesão é um processo dinâmico que leva os seus m<strong>em</strong>bros a estar<strong>em</strong><br />

unidos e a resistir à sua desintegração, <strong>em</strong> que os objectivos e interesses do grupo estão entre<br />

si relacionados com a cooperação e não com a competição, tornando a unidade mais forte do<br />

que a pluralidade.<br />

Exist<strong>em</strong> diferentes tipos de grupos (Neto, 2000):<br />

• Grupos de pertença – <strong>em</strong> que o indivíduo sente que pertence ao grupo (sentimento de “nós”), <strong>em</strong> que<br />

os indivíduos são solidários exibindo comportamentos diferentes dos grupos exteriores.<br />

• Grupos de referência – o indivíduo sente que não pertence a esses grupos, mas eles serv<strong>em</strong> de modelo.<br />

Os seus valores, comportamentos e atitudes pod<strong>em</strong> atrair m<strong>em</strong>bros de um outro grupo (Hyman, 1942).<br />

• Grupos primários – quando o relacionamento entre os m<strong>em</strong>bros se faz de forma íntima, afectiva e<br />

informal, surgindo na maior parte das vezes de forma espontânea. Nestes grupos há uma identificação<br />

de indivíduos com os valores dominantes, como é por ex<strong>em</strong>plo o caso do grupo familiar ou do grupo de<br />

amigos (Van der Zanden, 1987).<br />

Estes grupos têm fortes contactos entre si.<br />

• Grupos secundários – o relacionamento é mais formal, impessoal e distante e os laços afectivos são<br />

inexistentes. É mais amplo, mais organizado e menos espontâneo que o grupo primário. A posição dos<br />

seus m<strong>em</strong>bros é definida <strong>em</strong> relação aos papéis que lhes cab<strong>em</strong>, com uma participação limitada.<br />

(Neto, 2000)<br />

MARIA EMÍLIA SANTOS 59

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