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mestrado em relações interculturais - Universidade Aberta

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<strong>em</strong> Portugal não pod<strong>em</strong>os registar espaços de educação s<strong>em</strong> ser <strong>em</strong> português. T<strong>em</strong> que<br />

se ter um nome <strong>em</strong> português que defina o objectivo. Daí, tiv<strong>em</strong>os que optar por<br />

“Comunidade Islâmica de Palmela”, que é uma identidade ou Colégio Islâmico. Então<br />

isto é um sinónimo de Darul-ulum, sendo assim um espaço que está aprovado. Pod<strong>em</strong>os<br />

chamar-lhe um ou outro nome pois o significado é o mesmo.<br />

Estas crianças são na sua maioria de nacionalidade portuguesa. T<strong>em</strong>os um<br />

guineense. 95% das crianças são portuguesas. Os restantes 5% não são mas, têm<br />

autorização de residência. T<strong>em</strong>os uma criança de nacionalidade britânica, mas viveu<br />

s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> Portugal e fala o português. T<strong>em</strong>os também uma criança de orig<strong>em</strong> árabe.<br />

Mas na sua maioria são de orig<strong>em</strong> indiana. As famílias de orig<strong>em</strong> árabe fixaram-se mais<br />

a norte de Lisboa, no Porto, ou no Algarve. As pessoas que estão na zona da grande<br />

Lisboa, muitos também são de orig<strong>em</strong> árabe, mas têm muitas dificuldades. Estão cá a<br />

trabalhar, mas não consegu<strong>em</strong> ter a família com eles, n<strong>em</strong> tão pouco, mandá-las vir para<br />

Portugal.<br />

P: O que é que o colégio tenta transmitir?<br />

R: Aqui tentamos, aliás, faz<strong>em</strong>os os possíveis, por separar as entidades. Da parte<br />

da manhã t<strong>em</strong>os a escola. Faz<strong>em</strong>os questão que os alunos aprendam o conteúdo escolar<br />

e tenham boas notas nesse mesmo conteúdo. Na parte da tarde faz<strong>em</strong>os questão que as<br />

crianças tenham uma boa aprendizag<strong>em</strong> religiosa. O que nos levou a esta iniciativa foi<br />

que, com a aprendizag<strong>em</strong> escolar, se existir uma aprendizag<strong>em</strong> moral e religiosa, não<br />

dir<strong>em</strong>os que todos ficarão santos, mas por certo, este acompanhamento moral e<br />

religioso mais tarde os ajudará a agir mais correctamente e afastar<strong>em</strong>-se do que é, hoje<br />

<strong>em</strong> dia, o grande flagelo, o vício como as drogas, etc. Os nossos alunos e outros jovens<br />

que tenham um acompanhamento moral e religioso, têm um apoio e uma ajuda para agir<br />

mais correctamente, não tenha dúvidas disso. Eles têm que ter a consciência e saber que<br />

há a virtude e o pecado. Hoje <strong>em</strong> dia há uma certa vergonha de pensar que há pecados.<br />

Há actos virtuosos e actos pecaminosos, como tentamos explicar aos jovens. Se<br />

efectuar<strong>em</strong>, por ex<strong>em</strong>plo, as orações ou aprender<strong>em</strong> a conduta moral ou o carácter,<br />

poderão ganhar espiritualmente. Se se envolver<strong>em</strong> <strong>em</strong> actos menos correctos como por<br />

ex<strong>em</strong>plo, se usar<strong>em</strong> drogas dificilmente sairão de lá, perdendo muitas oportunidades de<br />

subir<strong>em</strong> na vida. Ajuda a perceber que os vícios têm aspectos negativos e que é<br />

importante tentar<strong>em</strong> afastar-se ou tentar<strong>em</strong> ter consciência dos prejuízos que estão por<br />

detrás daqueles vícios. Com mais consciência da virtude e do pecado, têm um apoio, um<br />

consolo… A pessoa pensa” não vou fazer isto porque não é correcto e vou fazer o que é<br />

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