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libro de resúmenes extendidos - Digital.CSIC, the Institutional ...

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I SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE ECOLOGÍA REPRODUCTIVA, RECLUTAMIENTO Y PESQUERÍAS<br />

O comprimento <strong>de</strong> primeira maturação estimado foi <strong>de</strong> 96,6 cm (r = 0,984), a que correspon<strong>de</strong><br />

a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 10 anos (Figura 1 d).<br />

A fecundida<strong>de</strong> ovárica variou entre 8 e 17 ovócitos maduros por fêmea, apresentando um<br />

valor médio <strong>de</strong> 12,5 ± 4,9. A fecundida<strong>de</strong> uterina do estado 5 estimada foi <strong>de</strong> 11 embriões e<br />

correspon<strong>de</strong> à observação <strong>de</strong> uma única fêmea. A fecundida<strong>de</strong> uterina estimada para o estado<br />

6 foi <strong>de</strong> 3,7 ± 0,9 embriões por fêmea. A razão <strong>de</strong>sta redução po<strong>de</strong> estar relacionada com o<br />

manuseamento dos exemplares durante a pesca e armazenamento no convés, contribuindo<br />

para a libertação dos embriões.<br />

Foram amostrados 72 embriões <strong>de</strong> D. calcea, cujos comprimentos totais variaram entre os 96<br />

– 309 mm, tendo os embriões <strong>de</strong> menores e <strong>de</strong> maiores dimensões sido capturados no mesmo<br />

mês (Março). Do total <strong>de</strong> embriões, 31 eram fêmeas e 30 eram machos, indicando, <strong>de</strong>ste<br />

modo, um sex ratio, <strong>de</strong> 1:1. Para os restantes 11 embriões, encontrados em fêmeas no estado<br />

5, não foi possível <strong>de</strong>terminar o sexo.<br />

Esta espécie tem sido <strong>de</strong>scrita como lecitotrófica, ou seja, o <strong>de</strong>senvolvimento embrionário<br />

<strong>de</strong>senrola-se à custa das reservas do saco vitelino sem ocorrer qualquer contribuição materna.<br />

A possível existência <strong>de</strong> matrotrofia, e <strong>de</strong> acordo com Hamlett (2005), pressupõe que: i) a<br />

perda, em peso seco da passagem do ovo para embrião, seja inferior a -20%; ii) ocorra uma<br />

transferência <strong>de</strong> substâncias entre a progenitora e o embrião.<br />

Segundo o protocolo <strong>de</strong>scrito por Guallart & Vicent (2001) foi possível <strong>de</strong>terminar a<br />

percentagem <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> matéria inorgânica e orgânica nos ovócitos e nos embriões.<br />

Verificou-se que a percentagem <strong>de</strong> matéria orgânica total <strong>de</strong>terminada para os ovócitos foi<br />

superior à percentagem <strong>de</strong>terminada para os embriões, e que a percentagem <strong>de</strong> humida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada para os ovócitos foi inferior à dos embriões; em relação à percentagem <strong>de</strong><br />

matéria inorgânica total esta obteve valores muito semelhantes em ambos os casos, 5,46 %<br />

nos ovócitos e 5,15 % nos embriões.<br />

Para verificar se existia um ganho ou uma perda <strong>de</strong> peso seco dos ovócitos para os embriões,<br />

os dados foram analisados e expressos na Figura 2 a. É possível verificar que o valor médio<br />

do peso seco dos embriões é superior ao valor médio do peso seco obtido para os ovócitos. De<br />

acordo com os dados obtidos verificou-se um ganho <strong>de</strong> peso seco <strong>de</strong> 3,8 % pelo que, <strong>de</strong><br />

acordo com Hamlett (2005), esta espécie <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>signada por matrotrófica.<br />

Mais ainda e tendo em conta a presença <strong>de</strong> células secretoras nas vilosida<strong>de</strong>s do útero (Figura<br />

2 b) e, embora não se tenha ainda concluído sobre o tipo <strong>de</strong> secreções produzidas, o simples<br />

facto <strong>de</strong> existirem po<strong>de</strong>rá ser outro indicador que indicia a matrotrofia nesta espécie. Dentro<br />

das várias categorias <strong>de</strong> matrotrofia (incipiente, lipídica, placentária), é provável que esta<br />

espécie tenha uma matrotrofia incipiente uma vez que os ganhos observados são pouco<br />

significativos.<br />

A presença <strong>de</strong> um estado 3 muito longo associado a um período <strong>de</strong> gestação também longo<br />

indica-nos que o ciclo reprodutivo tenha uma duração superior a 1 ano. Estes factores<br />

associados a uma fecundida<strong>de</strong> reduzida e a um comprimento e ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maturação bastante<br />

longevos são <strong>de</strong> uma importância elevadíssima para a implementação <strong>de</strong> futuras medidas <strong>de</strong><br />

gestão.<br />

23<br />

Sesión 1: Estrategias reproductivas <strong>de</strong> organismos<br />

acuáticos. Ecofisiología reproductiva

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