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I SIMPOSIO IBEROAMERICANO DE ECOLOGÍA REPRODUCTIVA, RECLUTAMIENTO Y PESQUERÍAS<br />
A salinida<strong>de</strong> e a reprodução <strong>de</strong> peixes: distribuição <strong>de</strong><br />
juvenis <strong>de</strong> Centropomus parallelus (Perciformes) num<br />
estuário do sul do Brasil<br />
1 1 2<br />
Paulo <strong>de</strong> Tarso Chaves , Amanda Bortolan Nogueira , Jean-Luc Bouchereau<br />
1 2<br />
Departamento <strong>de</strong> Zoologia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, Brasil. Laboratoire <strong>de</strong><br />
Biologie Marine, Université Antilles et Guyane, Pointe-à-Pitre, França. ptchaves@ufpr.br<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se a salinida<strong>de</strong> fator relevante na distribuição <strong>de</strong> peixes em estuários, influenciando<br />
o status das espécies como resi<strong>de</strong>ntes – as eurialinas – ou migrantes – as estenoalinas.<br />
Entretanto, em estuário das Antilhas Francesas (Laguna Manche-à-Eau, Gua<strong>de</strong>loupe),<br />
Bouchereau et al. (2008) constataram que as espécies abundantes e cuja distribuição é<br />
influenciada pela salinida<strong>de</strong> são apenas as migrantes <strong>de</strong> pequeno porte que não <strong>de</strong>sovam na<br />
laguna (ex.: Engraulidae, Clupeidae e Gerreidae). Quanto às espécies migrantes <strong>de</strong> maior<br />
porte, como os Mugilidae, bem como as resi<strong>de</strong>ntes, tal Bairdiella ronchus (Sciaenidae), têm<br />
sua distribuição in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da salinida<strong>de</strong>. Ou seja: mesmo entre as espécies migrantes<br />
existem aquelas cuja distribuição no interior do estuário não tem relação direta com a<br />
salinida<strong>de</strong>, portanto não são necessariamente estenohalinas.<br />
O presente trabalho investiga a influência da salinida<strong>de</strong> na distribuição <strong>de</strong> juvenis <strong>de</strong><br />
Centropomus parallelus (Perciformes) num estuário do sul do Brasil. Migrante <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
porte, com adultos superando 40cm <strong>de</strong> comprimento, os robalos ou fat snooks são<br />
encontrados no estuário em diferentes ecofases (Chaves e Bouchereau, 1999; Bouchereau e<br />
Chaves, 2003). Por analogia com o comportamento relatado por Bouchereau et al. (op.cit.)<br />
quanto aos Mugilida<strong>de</strong>, hipotetiza-se que a distribuição <strong>de</strong> juvenis <strong>de</strong> C. parallelus no interior<br />
do estuário não seja influenciada pela salinida<strong>de</strong>. Se tal for verda<strong>de</strong>iro, o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong><br />
robalos para o interior do estuário na época reprodutiva <strong>de</strong>verá ser atribuído a outros fatores,<br />
que não à busca por salinida<strong>de</strong> mais baixa que aquela da água do mar.<br />
Coletas <strong>de</strong> robalos juvenis foram realizadas mensalmente entre setembro <strong>de</strong> 2007 e agosto <strong>de</strong><br />
2008, durante a baixamar <strong>de</strong> quadratura, em três pontos da Baía <strong>de</strong> Guaratuba, sul do Brasil<br />
(25º52’S;49º39’O): Baía, Rio Cubatão e Rio São João. Trata-se <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong> manguezal<br />
com cerca <strong>de</strong> 15 quilômetros <strong>de</strong> extensão leste-oeste e 3 <strong>de</strong> largura máxima. O ponto Baía<br />
representa o extremo continental da Baía; os pontos Rio Cubatão e Rio São João, as porções<br />
jusantes <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>sses dois afluentes da Baía.<br />
Realizaram-se três lances por ponto, próximo à vegetação marginal, utilizando-se re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
arrasto <strong>de</strong> praia 22m x 1,5m, malha 5mm entre nós opostos. Tomaram-se dados abióticos da<br />
água <strong>de</strong> superfície: temperatura, salinida<strong>de</strong>, transparência e pH. Dos indivíduos tomaram-se<br />
comprimento total (CT) e peso total. As gônadas foram examinadas para confirmar se eram<br />
indivíduos juvenis, e não adultos (em maturação, maduros ou pós-<strong>de</strong>sova).<br />
Para comparação da abundância entre os pontos consi<strong>de</strong>rou-se a captura em número <strong>de</strong><br />
indivíduos no conjunto <strong>de</strong> três arrastos no mesmo ponto. A variação da abundância por<br />
estação do ano e ponto <strong>de</strong> coleta foi analisada com uso <strong>de</strong> ANOVA fatorial, assumindo cada<br />
mês como réplica para a estação do ano (três réplicas por estação). Janeiro, favereiro e março<br />
compuseram o verão, e assim sucessivamente. Dados foram transformados em log base 10<br />
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Sesión 1: Estrategias reproductivas <strong>de</strong> organismos<br />
acuáticos. Ecofisiología reproductiva